AMAZONAS TEM NOVO GOVERNADOR
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A apuração começou a ser divulgada às 18h (horário local) e, às 18h32,
Amazonino estava "matematicamente eleito", sem poder mais ser alcançado
por Braga, com 91,41% dos votos apurados. Com 100% das urnas apuradas,
Amazonino obteve 782.933 (59,21% ) votos, contra 539.318 (40,79% ) de
Braga.
Logo após ser anunciado o vencedor, Amazonino disse à Rede Amazônica:
"Nossa preocupação é uma só: arrumar o que está desarrumado, dando valor
ao mérito e não aos costumes políticos. Nós vamos reconstruir o Estado
do Amazonas. Isso começa logo, mesmo antes de assumir". Na coletiva
pós-vitória, afirmou que, "se venceu uma eleição não esperada, entende
que essa oportunidade é para fazer uma enorme reflexão". "Importante é o
mérito, é o Amazonas, é o seu povo, é sua gente. É esta a nossa
bandeira. Nossa bandeira não é grupo político."
O político retorna ao poder após cinco anos longe da vida pública - seu
último cargo havia sido o de prefeito de Manaus (2009-2012). Ele não
tentou a reeleição ao fim do mandato. Amazonino já ocupou outras três
vezes o cargo de governador (foi eleito em 1986 e em 1994, sendo
reeleito em 1998). Também foi prefeito de Manaus em outras três
oportunidades, além de ter conquistado o mandato de senador da
República.
O vice dele é Bosco Saraiva (PSDB), deputado estadual. Sua coligação é
formada pelos partidos PDT, DEM, PV, PSDB, PSD, PRB e PSC. No primeiro
turno, Amazonino teve 38,77% dos votos válidos. Ele irá ficar no cargo
pelo período tampão, até o fim de 2018, já que José Melo, eleito em
2014, foi cassado por compra de votos.
De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas, a diplomação
do novo governador e vice vai ocorrer no dia 2 de outubro.
Perfil

Em 2004, tentou candidatura à Prefeitura de Manaus, mas foi derrotado
por Serafim Corrêa (PSB). Em 2006, amargou outra derrota, desta vez para
o governo do Estado. Foi vencido por Eduardo Braga (PMDB), novamente
seu adversário agora, ainda no primeiro turno. Em 2008, Amazonino voltou
a se candidatar à Prefeitura, sendo eleito no 2º turno. Após o fim do
mandato, não tentou a reeleição e chegou a descartar novas candidaturas
políticas.
Campanha
A campanha foi marcada por trocas de acusações de ambos os lados. Com o
início do segundo turno, os candidatos tiveram duas semanas para
convencer o eleitorado de suas propostas e intenções. A propaganda
eleitoral gratuita para o 2º turno teve início no dia 12 e se estendeu
até a sexta-feira (25).
Em programas de TV e rádio, Braga afirmou que Amazonino deixou obras
inacabadas enquanto prefeito, de 2009 a 2012, e que o candidato não
tinha propostas para combater o índice de violência no estado.
Amazonino, por sua vez, revidou, apresentando um programa eleitoral
dedicado ao assunto.
Amazonino afirmou sofrer ataques infundados de Eduardo Braga. Ele,
inclusive, deixou de comparecer ao debate da emissora Rede Amazônica, na
sexta-feira (25). Em nota divulgada horas antes do início do programa,
advogados do governador eleito comunicaram a ausência dele. “Com um
adversário desleal, que faz o jogo sujo da velha política, um debate
sincero, honesto e propositivo não é possível."
No segundo turno, Amazonino seguiu com os mesmos apoiadores de
campanha: Omar Aziz, Pauderney, Silas Câmara e Artur Neto, atual
prefeito de Manaus.
Propostas
Entre as principais propostas de campanha, Amazonino Mendes destacou
que pretende reordenar o orçamento e a aplicação de recursos com foco em
três áreas:
- Educação: ele disse que a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) voltará a ter recursos e atuará por meio de parcerias para ofertar cursos de qualificação para suprir a demanda do Polo Industrial
- Saúde: ele disse que irá garantit o funcionamento pleno de toda a rede hospitalar
- Segurança: ele disse que fará uma parceria com as Forças Armadas e a Polícia Federal e trocará informações estratégicas com os outros estados para aumentar a segurança, a prevenção e repressão a crimes
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