quinta-feira, 3 de novembro de 2016
FIM DAS PERSEGUIÇÕES À JORNALISTAS:
Blog do Fábio Sena
O prefeito eleito de Vitória da Conquista, Herzem Gusmão (PMDB), reuniu a imprensa local – rádios, jornais, blogs, TV’s – para sua primeira aparição pública após a eleição e demonstrou os caminhos que pretende trilhar a partir de janeiro de 2017, quando assume o comando da terceira maior cidade baiana e mais longevo reduto do Partido dos Trabalhadores no Brasil. Foram cinco mandatos consecutivos, 20 anos.
Acompanhado da vice-prefeita eleita, Irma Lemos (PTB) e de parte de seu staff, Herzem Gusmão declarou, logo no início, em sua apresentação, que nenhum jornalista em Vitória da Conquista sofrerá processo judicial por manifestação de opinião. Radialista de profissão, o futuro prefeito afirmou que a crítica é fundamental à administração e à sociedade, como à democracia.
“Quero assegurar que, durante nossa gestão, ninguém vai responder processo por crítica. Ninguém. Eu entendo que vivenciamos um momento difícil da imprensa, mas não só a imprensa. Uma reclamação geral da interrupção do diálogo. Nós vamos devolver o diálogo. Vamos governar com paz, sem perseguir quem quer que seja. Todos os meus colegas jornalistas sintam-se à vontade para exercer a crítica”.
Ao ser indagado sobre a transição de governo, informou que na próxima terça-feira (8) divulgará os nomes das pessoas que comporão sua equipe e que estaria encaminhando ainda nesta terça-feira (1) um pedido para que o prefeito Guilherme Menezes editasse um decreto antecipando o prazo para constituição do grupo de transição. Legalmente, o prefeito deve fazê-lo há trinta antes do término do mandato.
“É uma prerrogativa do prefeito baixar o decreto 30 dias antes, mas vamos invocar o consenso no sentido de antecipação. Pretendemos protocolar pedindo ao prefeito para antecipar o decreto para levar a equipe e trabalhar de forma tranquila, harmoniosa e responsável”. Segundo Herzem, por ter sido um período de 20 anos à frente da máquina pública, seria essencial mais tempo para a interação.
Indagado por este blog quanto à manifestada ideia de proceder uma auditoria nas contas do governo municipal, Herzem Gusmão fez questão de afirmar não tratar-se de nenhum tipo de perseguição, mas que era imperativo dar esta resposta à sociedade, sobre como encontrou a administração municipal. Declarou que o assunto foi tema em sua campanha eleitoral e que não poderia ficar apenas na retórica eleitoral.
“Não é uma auditoria para perseguir nem para olhar para o passado. É auditoria da responsabilidade. Eu tenho certeza que se eu assumisse a Prefeitura sem auditoria, diriam: ‘foi o primeiro erro de Herzem: assumiu uma Prefeitura de 20 anos sem auditar’. O objetivo é que a população de Vitória da Conquista tenha conhecimento da realidade e que depois eu não vá para um discurso vazio”.
Questionado pelo radialista Paulo Martins sobre sua proposta de redução do número de secretarias municipais, o prefeito eleitor afirmou que pretende seguir o exemplo administrativo do prefeito de Salvador, ACM Neto. “Não vamos reinventar a roda nem a pólvora”, argumentou, acrescentando que procederá um estudo para uma reforma administrativa planejada, mas que o norte é reduzir cargos de confiança”.
Sobre a relação com o legislativo municipal, afirmou que não pretende ferir a autonomia dos vereadores e que inclusive não vai se envolver4 na eleição do novo presidente da Casa. “A Câmara tem independência. Não tenho candidato nem vou pedir voto”, disse. Se comprometeu em manter relação amistosa com todos os vereadores e que receberá periodicamente as duas bancadas para dialogar.
PEC 241: “Sabemos da nossa responsabilidade. Mas estou em sintonia com o que está acontecendo no país. O marketing político é responsável, às vezes, por apresentar distorções. Nós estamos em sintonia com o Governo Federal, que está fazendo um grande bem ao nosso país. Esta PEC 241 é uma benção para a pátria. É um freio de arrumação. A PEC 241 é o Plano Real de volta. Ao contrário do que disseram na propaganda política, aumenta os repasses para a educação e para a saúde. Amplia a fiscalização porque a LRF atingia apenas municípios e estados, agora alcança o governo federal, a gastança, a irresponsabilidade. Então, estamos em sintonia com o Governo Temer”, afirmou Herzem Gusmão.
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