PENITENCIÁRIA DOS MAFIOSOS
Jeremias Macário
Quadrilhas de
traficantes, de roubo de cargas e de assaltos a bancos são fichinhas diante dos
terroristas mafiosos que resolveram bombardear e saquear os cofres públicos e
as estatais brasileiras numa tirania comparada às patas do cavalo de Átila que
destruía até a vegetação por onde passava. Estamos lidando com uma máfia do
tipo russa, japonesa, chinesa e a siciliana, que mata e ameaça de morte quem
ousar abrir a boca, utilizando-se até do método medieval do envenenamento.
Sem piedade, eles atacam criancinhas,idosos aposentados,
inválidos, deficientes, famintos, escolas e doentes nos leitos de morte nos corredores
dos hospitais. Duelam entre si por cada centavo e armam emboscadas nas moitas e
penhascos esperando pela passagem da próxima carruagem de ouro.
São bandidos mascarados
perigosos que vêm agindo há anos nas terras brasilis. Eles merecem competir com
grandes clássicos dos westerns pintados pelos cineastas John Ford e Sérgio
Leone. O que o juiz xerife Sérgio Moro vem fazendo na “Lava Jato” representa um
grão de areia diante da montanha de corruptos que são beneficiados pela
impunidade.
Com uma pequena parte dos bilhões roubados, o
Estado poderia erguer uma monumental penitenciária, paga com o dinheiro
desviado por eles mesmos e jogar todos lá dentro para ver quem consegue
sobreviver entre os mais espertos e sanguinários. Vai ser uma bagaceira só,
como nos antigos engenhos de açúcar!
O nome poderia ser Penitenciáriados
Besouros Malignos, dos Vermes Corruptos, dos Mafiosos, dos Gafanhotos ou outro
qualquer escolhido em concurso, não importa. Não iria ter problema de falta de
tornozeleiras como agora. Aliás, por que esses presos não fazem uma vaquinha e
compram os apetrechos com o dinheiro das propinas? Aliás, o Estado não tem
tornozeleiras justamente porque eles surrupiaram a verba.
O prédio poderia ser
construído em plena floresta amazônica, no pantanal ou na caatinga mais árida do
Nordeste e ser transformado numa atração turística como patrimônio da punição nacional.
Já imaginou visitar uma penitenciária cheia de políticos, doleiros, lobistas,
empreiteiros, marqueteiros, executivos de estatais, ministros, ex-prefeitos,
ex-governadores, ex-presidentes e suas mulheres cumplices dos crimes! Seria um
zoológico divertido com as plaquinhas de avisos: “Vírus mortal! Não se aproxime
para não ser contaminado!”, em cada jaula! Garanto que
seria o roteiro turístico mais visitado do Brasil!
Na entrada do edifício poderia ser instalado o
Museu dos Corruptos com sacos e saquinhos, sacolas, mochilas, sapatos, botas, malas,
cuecas, calcinhas, sutiãs, meias, baús e chapéus utilizados por eles como
instrumentos de trabalho. Haveria uma escala de plantão no presídio e em cada
dia um serviria de guia para explicar toda história da corrupção no país, desde
os tempos coloniais, e como funcionava e funciona hoje. Antes da visitação,
porém, todos deixariam seus bens (relógios, joias, bolsas, etc) num local
especial tipo cofre forte de aço blindado sob a guarda de policiais estrangeiros.
O governo não gastaria nada!
Lá dentro eles vão estar livres para
campeonatos nacionais de carteado, jogos do bicho, bingos, cassinos, propinas
na Petrobrás e estatais, falsificação de remédios, licitações forjadas, prática
de cartéis, falsidade ideológica, uso de laranjas, todo tipo de estelionato e
vigarices, prostituição, sacanagens diversas e outras modalidades olímpicas com
direito a medalhas e troféus. Nas disputas será permitido qualquer tipo de
trapaça, tendo como regra geral o ditado de que “Ladrão que rouba ladrão tem
cem anos de perdão”.
Como os políticos estão no topo da cadeia
alimentar, como disse um procurador, o corpo de jurados poderá ser composto por
Maluf, Renan, Sarney, Eduardo Cunha, Fernando Collor, Jader Barbalho, Romero
Jucá, Cerveró, Dirceu, Ricardo Pessoa e Jararaca na frente, um timão imbatível
da Corte Suprema da Trambicagem Federal. Como suplentes poderiam ser escalados
Pedro Barusco, Paulo Roberto Costa, Fernando Baiano, Sérgio Machado, Carlinhos
Cachoeira e Alberto Yussef.
Enquanto isso não acontece, os mafiosos não
param de agir e montar seus alçapões da morte para depenar o Brasil, inclusive
nas caladas da noite, tendo como fortificações a Câmara dos Deputados e o
Senado. Enquanto doleiros, lobistas e empreiteiros estão indo para a cadeia, os
agentes políticos não passam de meros investigados que juram inocência porque
têm como escudo o foro privilegiado.
Agora mesmo estes
mafiosos políticos que matam e envenenam qualquer um que passe em sua frente
estão ressuscitando projeto de 2009 sobre abuso de autoridade, tendo como autor
e relator os grã-mestres demoníacos Renan Calheiros (12 processos) e Romero
Jucá. O esquema é colocar uma camisa de força para investigadores e nos
veículos de comunicação, como os juízes estão fazendo no Paraná com o jornal
Gazeta do Povo.
A trama deles é impedir
ações contra corrupção ao prever punição por abusos de autoridades
(constrangimentos e ofensas à intimidade da vida privada) para agentes públicos
(Polícia Federal, Judiciário, Procuradores da República e Ministério Público).
A privada deles está mais para latrina imunda entupida de merda e esgotos, e
não tem descarga mais que dê jeito. A intenção é parar de vez a Operação Lava
Jato.
Por falar na “Lava Jato”, desde quando entrou
em funcionamento até o último mês de junho,1,2 mil processos foram instaurados,
realizadas 608 buscas e apreensões, 161 mandados de condução coercitiva,
efetuadas 73 prisões preventivas, 87 temporárias, seis flagrantes e 43
acusações criminais contra 212 pessoas. A Operação já pediu o ressarcimento de
37 bilhões de reais.
Em grande parte por culpa dos facínoras
corruptos, o Brasil tem hoje mais de cinco mil obras paradas (rodovias,
ferrovias, escolas, hospitais, transposição do São Francisco, prédios, viadutos
e outros serviços) num equivalente superior a 15 bilhões de reais de
investimentos. Dos mais de 11 milhões de desempregados pela falência da
economia, de 2014 para cá, quase um milhão foi demitido pelo setor da
construção civil.
Vamos consertar tudo isso através das eleições,
cortando a cabeça dos corruptos! Nem pense nisso porque não passa de mera
ilusão. Conformecomprovou uma pesquisa mundial acadêmica, o voto não é
ferramenta satisfatória de controle político, principalmente no Brasil
deseducado e inculto, sem conscientização política.
Aqui o eleitor vota
agradecendo se seu bolso estiver indo bem. Se o cara está recebendo em dia sua
pensão, seu benefício social ou seu favor político, o resto que se lasque, e
pouco importa se existe a máfia dos corruptos para liquidar a fatura.
Muita coisa pra ser revelada ainda, as delações do Machado estão nos mostrando aos poucos quem são os corruptos e as máscaras estão caindo!
ResponderExcluirEssa delação do Sérgio Machado está muito boa!Espero que ele continue pq assim poderemos acabar com essa máfia que assombra o país.
ResponderExcluirA Lava Jato tem que continuar. As delações e depoimentos estão ajudando mto na luta contra a corrupção, mas ainda temos um longo caminho para trilhar nesta batalha. A Lava Jato é uma das nossas valiosas armas.
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