Rússia adverte EUA sobre "consequências" de ação militar na Síria
Nações
Unidas, 6 abr (EFE).- A Rússia advertiu os Estados Unidos nesta
quinta-feira das "consequências negativas" de uma ação militar na Síria
em resposta ao ataque químico desta semana, pelo qual Washington
responsabiliza o regime de Bashar al Assad.
"É
preciso pensar nas consequências negativas. Toda a responsabilidade, se
há uma ação militar, estará sobre os ombros daqueles que a iniciarem",
disse aos jornalistas o embaixador russo na ONU, Vladimir Safronkov.
Perguntado
sobre quais seriam essas consequências, o diplomata citou "a história" e
os casos de Iraque e Líbia, onde os EUA utilizaram a força.
O
presidente dos EUA, Donald Trump, disse hoje que "algo deve acontecer"
após o ataque químico de terça-feira, mas não quis antecipar que tipo de
movimento planeja.
"O
que Assad fez é terrível. O que aconteceu na Síria é um crime
verdadeiramente atroz e não deveria ter ocorrido, e não deveria
permitir-se que aconteça", acrescentou Trump.
Segundo
a emissora "CNN", o presidente americano comunicou hoje a alguns
membros do Congresso que está avaliando uma ação militar na Síria em
resposta ao ataque químico.
Por
sua parte, o secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, prometeu uma
"resposta apropriada" ao uso de armas químicas e atribuiu a Assad um
"papel incerto" no futuro de seu país.
Nas
Nações Unidas, os membros do Conselho de Segurança da ONU seguem
negociando uma resolução em resposta ao ataque químico, mas até agora se
mostraram muito divididos. EFE
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