Todos ao “Lomantão”, amanhã
Carlos Albán González
Faltam
poucas horas para o Vitória da Conquista entrar em campo para disputar
contra o Bahia um dos seus jogos mais importantes desta temporada.
Na
quarta colocação da fase de classificação do Campeonato Baiano, o
alviverde não
pode desperdiçar a oportunidade de subir na tabela, garantindo,
praticamente, uma vaga nas semifinais do torneio.
Seu
time, agora sob o comando técnico de Guilhermino Lima, deve contar com o
reforço do atacante Tatu, que deixou a “toca” em Salgueiro, Pernambuco,
prometendo, nessa sua volta, ajudar o time que lhe deu projeção. Além
da vitória,
o Conquista precisa reforçar sua conta bancária. Essa questão é da
responsabilidade dos desportistas locais (alô organizada Criptonita),
adquirindo seu ingresso com antecedência e comparecendo amanhã (o jogo
começa às 16 horas) ao Estádio Lomanto Júnior.
Os
ingressos já estão à venda nos seguintes estabelecimentos comerciais:
Falcão Calçados (Av. Lauro de Freitas), Farmácia Ultraeconômica (Av.
Olívia Flores), Tommacon Mat Construções (Morada dos Pássaros) e
Supernatural Sport
Nutricion (Av. Siqueira Campos).
O
Coritiba, que aqui esteve e eliminou, numa noite chuvosa e campo
enlameado, o Vitória da Conquista da Copa Brasil, foi desclassificado
pelo modesto ASA, da cidade alagoana de Arapiraca, por 2 a 0, em pleno
Estádio Couto Pereira,
em Curitiba. O resultado mostra que o representante baiano, que só
recebeu de cota R$ 10 mil, perdeu a grande oportunidade de prosseguir no
torneio, e, consequentemente, sair do sufoco financeiro em que se acha.
Condições de trabalho
Encaminhei
correspondência à sra. Cristina Rocha, secretária de Cultura, Turismo,
Esporte e Lazer de Vitória da Conquista, solicitando melhores condições
de trabalho para a imprensa escrita no Estádio Lomanto Júnior. Relatei
as dificuldades encontradas pelos repórteres e correspondentes de
jornais de outros estados, principalmente do Paraná, que aqui estiveram
para cobertura de Vitória da Conquista x Coritiba, pela Copa do Brasil.
As
poucas cabines são destinadas a rádios e TVs locais; a arquibancada
coberta no centro do estádio, que pertence ao município, é ocupada – é
de causar estupefação - por sócios do Conquista. Presenciei colegas,
jornalistas, trabalhando,
debaixo de chuva, no meio da torcida, nas arquibancadas descobertas.
Respondeu-me
a sra. Daniella Oliveira, assessora municipal, confirmando o
recebimento de minha reivindicação e prometendo encaminhá-la à
secretária Teresa Cristina Rocha.
Placar porta-voz
O
placar eletrônico nos estádios em todo o mundo tem como finalidade
informar o público sobre escalação dos times, arbitragem, punições com
cartões amarelo e vermelho, substituições de jogadores e outros
detalhes relativos aos
jogos. Aqui, em Vitória da Conquista, é diferente. No “Lomanto Júnior,
o placar testa a paciência do torcedor com informações sobre obras de
pouca relevância, aquelas realizadas no dia-a-dia, pela administração
municipal.
Bossa Nova
A
propósito, a Prefeitura de Juazeiro mandou pintar nos muros do Estádio
Adauto Morais, em frente das cabines de televisão, os dizeres,
ilustrados com um violão: “Juazeiro, a capital mundial da Bossa Nova. A
cidade que mais cresce
na região”. Na verdade há um certo exagero no termo “capital mundial”,
embora o criador do movimento que revolucionou a música brasileira, a
partir da final dos anos 50, tenha nascido na Cidade das Carrancas. João
Gilberto, que não é citado na mensagem da
prefeitura, mudou-se para o Rio em 1950, com 26 anos de idade, depois
de estudar em Aracaju. O talento do juazeirense se juntou ao de grandes
nomes do cenário musical da época, como Vinicius de Moraes e Tom Jobim.
Juazeirenses famosos
A
Bossa Nova nasceu na Zona Sul do Rio de Janeiro. João Gilberto foi
adotado pela Cidade Maravilhosa. Além dele, Juazeiro é berço dos
jogadores Daniel Alves (Bahia, Seleção Brasileira, Barcelona e Juventus
da Itália) e Luiz (Chevrolet)
Pereira (ex-Seleção de 1974, Palmeiras e Atlético de Madrid), e dos
cantores Ivete Sangalo e Luiz Galvão (Novos Baianos). Daniel e Ivete
preservam as suas raízes.
Há
um outro equívoco na mensagem fixada no “Adauto Morais”: há décadas, a
cidade que mais cresce na região do Vale do São Francisco é a
pernambucana Petrolina, do outro lado do Velho Chico.
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