sábado, 4 de março de 2017

COLUNISTA VIP:

Todos ao “Lomantão”, amanhã
Carlos Albán González
 
Faltam poucas horas para o Vitória da Conquista entrar em campo para disputar contra o Bahia um dos seus jogos mais importantes desta temporada. 
Na quarta colocação da fase de classificação do Campeonato Baiano, o alviverde não pode desperdiçar a oportunidade de subir na tabela, garantindo, praticamente, uma vaga nas semifinais do torneio.
 
Seu time, agora sob o comando técnico de Guilhermino Lima, deve contar com o reforço do atacante Tatu, que deixou a “toca” em Salgueiro, Pernambuco, prometendo, nessa sua volta, ajudar o time que lhe deu projeção. Além da vitória, o Conquista precisa reforçar sua conta bancária. Essa questão é da responsabilidade dos desportistas locais (alô organizada Criptonita), adquirindo seu ingresso com antecedência e comparecendo amanhã (o jogo começa às 16 horas) ao Estádio Lomanto Júnior.
 
Os ingressos já estão à venda nos seguintes estabelecimentos comerciais: Falcão Calçados (Av. Lauro de Freitas), Farmácia Ultraeconômica (Av. Olívia Flores), Tommacon Mat Construções (Morada dos Pássaros) e Supernatural Sport Nutricion (Av. Siqueira Campos). 

O Coritiba, que aqui esteve e eliminou, numa noite chuvosa e campo enlameado, o Vitória da Conquista da Copa Brasil, foi desclassificado pelo modesto ASA, da cidade alagoana de Arapiraca, por 2 a 0, em pleno Estádio Couto Pereira, em Curitiba. O resultado mostra que o representante baiano, que só recebeu de cota R$ 10 mil, perdeu a grande oportunidade de prosseguir no torneio, e, consequentemente, sair do sufoco financeiro em que se acha.
 
Condições de trabalho

  Encaminhei correspondência à sra. Cristina Rocha, secretária de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer de Vitória da Conquista, solicitando melhores condições de trabalho para a imprensa escrita  no Estádio Lomanto Júnior. Relatei as dificuldades encontradas pelos repórteres e correspondentes de jornais de outros estados, principalmente do Paraná, que aqui estiveram para cobertura de Vitória da Conquista x Coritiba, pela Copa do Brasil.
 
As poucas cabines são destinadas a rádios e TVs locais; a arquibancada coberta no centro do estádio, que pertence ao município, é  ocupada – é de causar estupefação - por sócios do Conquista. Presenciei colegas, jornalistas, trabalhando, debaixo de chuva, no meio da torcida, nas arquibancadas descobertas.
 
Respondeu-me a  sra. Daniella Oliveira, assessora municipal, confirmando o recebimento de minha reivindicação e prometendo encaminhá-la à secretária Teresa Cristina Rocha.
 
Placar porta-voz
 
O placar eletrônico nos estádios em todo o mundo tem como finalidade informar o público sobre escalação dos times, arbitragem, punições com cartões amarelo e vermelho, substituições de jogadores e outros detalhes  relativos aos jogos.  Aqui, em Vitória da Conquista, é diferente. No “Lomanto Júnior, o placar testa a paciência do torcedor com informações sobre obras de pouca relevância, aquelas realizadas no dia-a-dia, pela administração municipal.
 
Bossa Nova
  A propósito, a Prefeitura de Juazeiro mandou pintar nos muros do Estádio Adauto Morais, em frente das cabines de televisão, os dizeres,  ilustrados com um violão: “Juazeiro, a capital mundial da Bossa Nova. A cidade que mais cresce na região”. Na verdade há um certo exagero no termo “capital mundial”, embora o criador do movimento que revolucionou a música brasileira, a partir da final dos anos 50, tenha nascido na Cidade das Carrancas. João Gilberto, que não é citado na mensagem da prefeitura, mudou-se para o Rio em 1950, com 26 anos de idade, depois de estudar em Aracaju. O talento do juazeirense se juntou ao de grandes nomes do cenário musical da época, como Vinicius de Moraes e Tom Jobim.
 
Juazeirenses famosos
 
A Bossa Nova nasceu na Zona Sul do Rio de Janeiro. João Gilberto foi adotado pela Cidade Maravilhosa. Além dele, Juazeiro é berço dos jogadores Daniel Alves (Bahia, Seleção Brasileira, Barcelona e Juventus da Itália) e Luiz (Chevrolet) Pereira (ex-Seleção de 1974, Palmeiras e Atlético de Madrid), e dos cantores Ivete Sangalo e Luiz Galvão (Novos Baianos). Daniel e Ivete preservam as suas raízes.
Há um outro equívoco na mensagem fixada no “Adauto Morais”: há décadas, a cidade que mais cresce na região do Vale do São Francisco é a pernambucana Petrolina, do outro lado do Velho Chico.

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