terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

FECHAR HOSPITAIS E ESCOLAS É UM ATO COVARDE!

Diário Conquistense -  Fabio Sena | 21/02/2017 - 00h38

Herzem ligou para o secretário de Saúde demonstrando preocupação com a medida
A notícia de fechamento do Hospital Psiquiátrico Afrânio Peixoto, há 50 anos atendendo pacientes de Vitória da Conquista e mais cerca de 200 municípios, pegou a todos de surpresa, até mesmo o governo municipal, que condena a forma “abrupta” como o governo do Estado procedeu em relação ao assunto. A informação de interrupção dos serviços –que alcançou os conquistenses inicialmente em forma de boato – foi confirmada em uma nota fria da Secretaria de Saúde do Estado. Indignados com a notícia, familiares e usuários da unidade realizaram um ato de protesto na manhã desta segunda-feira (20) na porta da unidade.
Também preocupado com a situação – já que a medida afeta diretamente o sistema municipal de saúde –, o prefeito Herzem Gusmão telefonou para o secretário de Saúde do Estado, Fabio Vilas Boas, para obter informações mais detalhadas sobre a medida. O secretário informou que a desativação de unidades psiquiátricas ocorrerá em todo Brasil. “O SUS não repassa mais verbas para os referidos hospitais, e o sistema deverá absorver o internamento de tais pacientes no âmbito dos hospitais gerais e que sejam de curta duração”, afirmou Villas-Boas. Assim, o hospital será reformado e funcionará como referência para o Hospital Geral de Vitória da Conquista (HGVC), com leitos de enfermaria e centro cirúrgico para pequenos procedimentos.
Diante do cenário, o prefeito Herzem Gusmão demonstrou preocupação com a desativação imediata do Afrânio e pediu cautela ao Governo do Estado. “Segundo informações colhidas junto a médicos psiquiatras, Vitória da Conquista não se preparou para a desativação de forma abrupta do Hospital Afrânio Peixoto. Portanto, vejo com preocupação e queremos sugerir ao Governo do Estado para que, nessa ampliação do Hospital Afrânio Peixoto seja criada a ala de psiquiatria, até que a cidade se prepare para essa desativação, conforme deseja o Governo, através do Ministério da Saúde, como preconiza a lei da Reforma Psiquiátrica, 10.216 de 2001”, disse o prefeito.

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