Auditor do TCU morre afogado após mergulhar a 30 m no Lago Paranoá. Ele auditou as contas de Dilma
Laudo sobre 'causa mortis' deve sair em um mês. Vítima tinha 40 anos e fazia mergulhos desde 2003.
O auditor do Tribunal de Contas da União (TCU) Geraldo Torres Filho, de 40 anos (na foto sendo atendido por salva-vidas), morreu afogado na manhã
deste sábado (21) após mergulhar a uma profundidade de cerca de 30
metros, no Lago Paranoá. Um grupo de mergulhadores contou à polícia que
viu seu corpo boiando por volta das
10h50, quando acionaram o Corpo de Bombeiros. Os socorristas ainda
tentaram reanimá-lo, mas sem sucesso. Até as 13h30, a perícia ainda não
havia chegado ao local.
Segundo o delegado plantonista Rodrigo Carbone, da 6ª Delegacia de
Polícia (Paranoá), ainda não é possível dizer as causas do acidente. O
inquérito policial será instaurado. Dentro de 30 dias deve sair um laudo
que vai atestar a causa da morte.
“Testemunhas disseram que ele subiu verticalmente muito rápido. Isso
pode ter causado uma embolia pulmonar. Ele pode ainda ter tido algum
problema lá embaixo, mas ainda é muito cedo para dizer qualquer coisa”,
explicou o delegado. Também será apurado se houve algum problema nos
equipamentos.
Torres Filho estava com quatro cilindros de oxigênio que foram
apreendidos pela polícia – assim como todo o material utilizado no
mergulho. “Ele utilizava um equipamento que monitorava o trajeto que fez
durante o mergulho e também a velocidade que ele submergiu e emergiu.
Isso vai nos ajudar a entender o que pode ter acontecido”, disse o
delegado.
O auditor era mergulhador desde 2003 e era casado. No local, colegas
mergulhadores preferiram não dar entrevista, mas relataram acreditar em
fatalidade.
O presidente do TCU, ministro Raimundo Carreiro, comentou o acidente.
"Com muito pesar, em nome dos ministros e dos servidores do Tribunal de
Contas da União, me solidarizo neste momento de luto com a família e
amigos de nosso colega Geraldo Torres, que nos deixa de forma prematura e
trágica, vítima de uma fatalidade."
Em nota, a União dos Auditores Federais de Controle Externo (Auditar)
informou que recebeu a notícia "com perplexidade", e que "se solidariza à
dor dos familiares, amigos e dos que com ele conviveram nas esferas
profissional e pessoal, rendendo homenagens ao trabalho por ele
realizado em toda a sua carreira".
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