Governo do RN identificou ao menos seis presos que comandaram rebelião em presídio:
Secretário diz que há informes de armas na penitenciária
O Globo
RIO - O secretário de Justiça e Cidadania do Rio Grande do
Norte, Walber Virgolino, disse, em entrevista coletiva na manhã deste
domingo, que já foram identificados ao menos seis presos que comandaram a
rebelião na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, na região metropolitana
de Natal. No motim, ao menos dez detentos foram mortos. Ainda de acordo
com o secretário, eles devem ser transferidos. Virgolino disse na
coletiva de que há informes de que havia armas dentro do presídio.
Virgolino
afirmou que, durante a rebelião, os presos cortaram fios de
eletricidade. A unidade ficou sem energia e os bloqueadores de sinal de
celular pararam de funcionar. Com isso, os detentos conseguiram entrar
em contato com as famílias. O secretário disse que, durante o motim, um
preso conseguiu fugir, mas foi recapturado. Foi ele quem teria avisado
sobre o número de mortos.
Durante a semana, antes da rebelião, a Polícia Militar realizou
quatro operaçãos na penitenciária e apreendeu armas com os presos. O
secretário de Justiça foi questionado se havia relação entre os motins
em Manaus e no Rio Grande do Norte.
- A situação no Norte estimulou os presos, mas não tem com a situação do Rio Grande do Norte - afirmou Virgolino.
A rebelião na penitenciária foi controlada após pouco mais de 14
horas, de acordo com o governo. Os detentos iniciaram o motim às 17h de
sábado (horário local, 18h em Brasília) e se renderam depois que a Tropa
de Choque da Polícia Militar entrou nos pavilhões. Segundo a Secretaria
de Segurança, não houve troca de tiros. Em entrevista à GloboNews, o
secretário Virgolino disse que o número de mortos "passa de dez".
Cinco papiloscopistas e três odontologistas estão na equipe que
trabalham para identificar os corpos. Caso os trabalhos precisem de
reforço, uma equipe da Paraíba já está à disposição.
Pelo Twitter, o presidente Michel Temer disse que acompanha a situação no presídio do Rio Grande do Norte.
A rebelião no Rio Grande do Norte é mais um capítulo da crise do
setor penitenciário, que já teve rebeliões em cadeias do Amazonas e de
Roraima. Na sexta-feira, a Bahia registrou duas fugas em massa. Após a
explosão de um muro, presos fugiram na madrugada deste domingo da
Penitenciária Estadual de Piraquara I, na Região Metropolitana de
Curitiba (PR). A Polícia Militar reagiu, e duas pessoas morreram na
fuga. No presídio de Ibirité, em Minas Gerais, outras dez fugas foram
registradas na madrugada deste domingo.
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