INFÂNCIA E BOAS
LEMBRANÇAS
NA RUA DA ITÁLIA
A
rua dos italianos, como os poçoenses se referiam à Rua João Pessoa, atual Rua
da Itália, é a principal, partindo da Praça Deocleciano Teixeira e finalizando
na então Praça da Liberdade, hoje da Bandeira, na centenária cidade de Poções.
Das
janelas ou do passeio da nossa casa, que era a quinta à esquerda de quem subia
a rampa inicial da rua, assistíamos às festividades escolares, desfiles
cívicos, cavalhada do Divino Espírito Santo, tendo à frente a Filarmônica
Primavera, com desfile de inúmeras filarmônicas de várias localidades, especialmente convidadas para os festejos do Divino Espírito Santo, padroeiro da cidade.
GE Alexandre Porfírio |
Também
o Carnaval era uma festa muito bonita, com desfile de blocos e carros
alegóricos, principalmente os carros que traziam a rainha e as princesas,
eleitas por votação da sociedade no Clube Social de Poções, que chegou a
funcionar na esquina da nossa rua, passando depois para a Praça do Divino,
posteriormente para a Praça da Bandeira, no prédio onde hoje é o Paço Municipal
e depois, no prédio da Sociedade União das Classes, ainda na Praça da Bandeira
e, finalmente, na Av. Cônego Pithon, em sede própria!
Voltando
à Rua da Itália, subindo a rua pelo lado esquerdo, tínhamos o consultório do
Dr. Trindade, que também foi Coletor Estadual (Secretaria da Fazenda),
posteriormente, o Dr. Ary Alves Dias estabeleceu-se ali com uma farmácia.
Depois seguia-se a Coletoria Estadual, lembrando-me a simpática figura do
Coletor Alcides da Silva Fagundes que depois seria prefeito, sucedendo ao
grande prefeito Dr. Fernando Antonio Costa. Em seguida, o armazém de Raphael
Schettini que permanece no local depois de ter passado pelo seu filho Fernando
e seu neto Marcos Schettini. Vizinho ao armazém Schettini, residia o italiano
Affonso Liguori que era o nosso vizinho de quintal. Ali no número 13, a família
De Benedictis, chefiada por Massimo Antonio e pela Profª Nadir (Didi). Depois
de Affonso Liguori, vieram morar os Lamego. Cleófano, conhecido como ‘Gringo’,
D. Regina Gomes Lamego e os filhos Guilherme, Carlos, Cléa, Margarita, Cleófano
e Alda. Depois vinha o armazém de Miguel Schettini, a residência de João
Liguori e a casa de Corinto Sarno, já na esquina. Uma rua estreita que era
denominada ‘beco da usina’, depois o Cine Joia, na esquina de uma rua de
calçamento de pedras irregulares, apelidada de ‘beco do desata gravata’, onde
ficava a usina beneficiadora de arroz, de propriedade de Fidelis Sarno (Fidelis
do Arroz), um terreno baldio onde foi construído o prédio da atual Câmara de
Vereadores e o atual prédio da Prefeitura Municipal, que antes havia sido sede
do clube social e academia de giu-gitsu de Osmar Campos Neto, cuja fachada é
frontal à Praça da Bandeira e lateral à rua da Itália.
No
lado direito da rua, as duas primeiras casas eram de Miguel Schettini, que
tinha seu armazém do outro lado da rua e um caminhão Diamond importado. É bom
que se diga que não tínhamos indústria de autos no Brasil, pois estamos nos
referindo às décadas de 1940/1950.
A
primeira casa, Miguel cedeu ao Clube para
festas sazonais, na segunda casa ele morava com sua família. A terceira casa
era de José Schettini, única casa desta rua que foi construída com dois
pavimentos. O vizinho era Valentin Sarno, posteriormente,
Emilio Sarno. Mais acima residiam pela ordem: Camilo Sarno, Raphael Schettini,
Miguel Lopes Ferraz, Dr. Ruy Espinheira e Francesco Libonati, na esquina. Na esquina lateral era a Prefeitura, depois a
sede do Forum, até os anos 1970. Posteriormente esta casa passou a abrigar a
Secretaria Municipal de Educação e outros setores da prefeitura. Depois a casa
de Mariuscia Schettini, Luiggi Sarno, a Igreja Batista, o Forum, já na Praça da
Bandeira, uma residência e a Escola Alexandre Porfírio, em cujo estabelecimento
fiz o curso primário.
Já circundando a Praça da Bandeira, na esquina lateral
do ‘Alexandre Porfírio’, o casarão pertencente ao agro-pecuarista Argemiro
Pinheiro, a rua que dava para a estrada antiga, Poções/Boa Nova e na esquina, a
casa de dona Zorilda Mascarenhas, seguida da casa do advogado Juvenal de
Oliveira, posteriormente da família de Nelson Santana, oriundo de Ibicuí e
filho de um grande amigo de meu pai, Artur Santana, depois uma oficina de
veículos que pertenceu a Valdemar Pereira, a avenida que dá acesso à Rio-Bahia,
tendo na esquina a casa de Lulu Silva (ex-prefeito) e Néa Macedo, na outra
esquina a casa de Ioiô Macedo, onde ele residia com a família e manteve por
muitos anos o único Tabelionato de Notas da cidade de Poções, passando após sua
morte para os filhos Vilobaldo e Vone Macedo. Depois a casa dos italianos, a
casa da minha tia Ida De Benedictis e de seus pais Ernesto De Benedictis e Rosa
Schettini, meu avós paternos, colada nos fundos do quintal da casa de Daniel
José Alves, depois a casa de Bras e Angelina Labanca, o Clube da SUC –
Sociedade União das Classes, a casa de Dr. Trindade, e a residência de Américo
Libonati. Do outro lado da Praça, a casa de Fidelis Sarno (Fidelis do Arroz) e
a sede da Prefeitura de Poções, tendo ao fundo a atual Câmara de Vereadores.
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