quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

COLUNISTA VIP:



INFÂNCIA E BOAS LEMBRANÇAS

NA RUA DA ITÁLIA
          A rua dos italianos, como os poçoenses se referiam à Rua João Pessoa, atual Rua da Itália, é a principal, partindo da Praça Deocleciano Teixeira e finalizando na então Praça da Liberdade, hoje da Bandeira, na centenária cidade de Poções. 

           Das janelas ou do passeio da nossa casa, que era a quinta à esquerda de quem subia a rampa inicial da rua, assistíamos às festividades escolares, desfiles cívicos, cavalhada do Divino Espírito Santo, tendo à frente a Filarmônica Primavera, com desfile de inúmeras filarmônicas de várias localidades, especialmente convidadas para os festejos do Divino Espírito Santo, padroeiro da cidade.
      
    
GE Alexandre Porfírio
 Também o Carnaval era uma festa muito bonita, com desfile de blocos e carros alegóricos, principalmente os carros que traziam a rainha e as princesas, eleitas por votação da sociedade no Clube Social de Poções, que chegou a funcionar na esquina da nossa rua, passando depois para a Praça do Divino, posteriormente para a Praça da Bandeira, no prédio onde hoje é o Paço Municipal e depois, no prédio da Sociedade União das Classes, ainda na Praça da Bandeira e, finalmente, na Av. Cônego Pithon, em sede própria! 
      
 Voltando à Rua da Itália, subindo a rua pelo lado esquerdo, tínhamos o consultório do Dr. Trindade, que também foi Coletor Estadual (Secretaria da Fazenda), posteriormente, o Dr. Ary Alves Dias estabeleceu-se ali com uma farmácia. Depois seguia-se a Coletoria Estadual, lembrando-me a simpática figura do Coletor Alcides da Silva Fagundes que depois seria prefeito, sucedendo ao grande prefeito Dr. Fernando Antonio Costa. Em seguida, o armazém de Raphael Schettini que permanece no local depois de ter passado pelo seu filho Fernando e seu neto Marcos Schettini. Vizinho ao armazém Schettini, residia o italiano Affonso Liguori que era o nosso vizinho de quintal. Ali no número 13, a família De Benedictis, chefiada por Massimo Antonio e pela Profª Nadir (Didi). Depois de Affonso Liguori, vieram morar os Lamego. Cleófano, conhecido como ‘Gringo’, D. Regina Gomes Lamego e os filhos Guilherme, Carlos, Cléa, Margarita, Cleófano e Alda. Depois vinha o armazém de Miguel Schettini, a residência de João Liguori e a casa de Corinto Sarno, já na esquina. Uma rua estreita que era denominada ‘beco da usina’, depois o Cine Joia, na esquina de uma rua de calçamento de pedras irregulares, apelidada de ‘beco do desata gravata’, onde ficava a usina beneficiadora de arroz, de propriedade de Fidelis Sarno (Fidelis do Arroz), um terreno baldio onde foi construído o prédio da atual Câmara de Vereadores e o atual prédio da Prefeitura Municipal, que antes havia sido sede do clube social e academia de giu-gitsu de Osmar Campos Neto, cuja fachada é frontal à Praça da Bandeira e lateral à rua da Itália.
          No lado direito da rua, as duas primeiras casas eram de Miguel Schettini, que tinha seu armazém do outro lado da rua e um caminhão Diamond importado. É bom que se diga que não tínhamos indústria de autos no Brasil, pois estamos nos referindo às décadas de 1940/1950.
          A primeira casa, Miguel cedeu ao Clube para festas sazonais, na segunda casa ele morava com sua família. A terceira casa era de José Schettini, única casa desta rua que foi construída com dois pavimentos. O  vizinho era Valentin Sarno, posteriormente, Emilio Sarno. Mais acima residiam pela ordem: Camilo Sarno, Raphael Schettini, Miguel Lopes Ferraz, Dr. Ruy Espinheira e Francesco Libonati, na esquina.  Na esquina lateral era a Prefeitura, depois a sede do Forum, até os anos 1970. Posteriormente esta casa passou a abrigar a Secretaria Municipal de Educação e outros setores da prefeitura. Depois a casa de Mariuscia Schettini, Luiggi Sarno, a Igreja Batista, o Forum, já na Praça da Bandeira, uma residência e a Escola Alexandre Porfírio, em cujo estabelecimento fiz o curso primário.
Já circundando a Praça da Bandeira, na esquina lateral do ‘Alexandre Porfírio’, o casarão pertencente ao agro-pecuarista Argemiro Pinheiro, a rua que dava para a estrada antiga, Poções/Boa Nova e na esquina, a casa de dona Zorilda Mascarenhas, seguida da casa do advogado Juvenal de Oliveira, posteriormente da família de Nelson Santana, oriundo de Ibicuí e filho de um grande amigo de meu pai, Artur Santana, depois uma oficina de veículos que pertenceu a Valdemar Pereira, a avenida que dá acesso à Rio-Bahia, tendo na esquina a casa de Lulu Silva (ex-prefeito) e Néa Macedo, na outra esquina a casa de Ioiô Macedo, onde ele residia com a família e manteve por muitos anos o único Tabelionato de Notas da cidade de Poções, passando após sua morte para os filhos Vilobaldo e Vone Macedo. Depois a casa dos italianos, a casa da minha tia Ida De Benedictis e de seus pais Ernesto De Benedictis e Rosa Schettini, meu avós paternos, colada nos fundos do quintal da casa de Daniel José Alves, depois a casa de Bras e Angelina Labanca, o Clube da SUC – Sociedade União das Classes, a casa de Dr. Trindade, e a residência de Américo Libonati. Do outro lado da Praça, a casa de Fidelis Sarno (Fidelis do Arroz) e a sede da Prefeitura de Poções, tendo ao fundo a atual Câmara de Vereadores.     

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