terça-feira, 20 de dezembro de 2016

COLUNISTA VIP:



O SARAU DO ENCONTRO DE BOBY
                     DILLAN COM GERALDO VANDRÉ
Jeremias Macário
 Com cerca de 30 pessoas entre artistas da música, professores, fotógrafos e amigos, o Sarau do Espaço Cultural Cascalho com o tema “O Encontro de Boby Dillan com Geraldo Vandré” realizado no último sábado, 17 de dezembro, encerrou o ano de 2016 com chave de ouro, prometendo voltar em 2017 com mais força, inclusive com exposições de artes plásticas e fotografias.
  Participaram do encontro de encerramento do ano os cantores e compositores Walter Lages, Dorinho, Baducha, Moacyr Mocego, Marta Moreno, Mano di Sousa e outros artistas que abrilhantaram o evento com suas violas em disparada até altas horas da madrugada, ao som de grandes canções e cancioneiros brasileiros.
  Como sempre, o professor Itamar Aguiar se fez presente quando falou sobre Boby Dillan, o ganhador do premio Nobel de Literatura de 2016, suas origens e importância na música e nas letras. Geraldo Vandré foi também nosso homenageado da noite. Jésus arrasou com suas belas declamações de poetas populares, com interpretações primorosas.
Itamar Aguiar e Baducha, brilham no sarau
O encontro também teve a participação de Helen, Kika, Adilson, o irmão de Jésus, os fotógrafos José Silva e José Carlos D´Almeida, Cléo, Céu, Jailton, Zélia, Maria Luíza, Cleide, Jonas, Inês, Vitorino, com quem estudei em Amargosa, Gildásio Amorim, a dona da casa Vandilza Gonçalves, que recebeu a todos com seu sorriso de sempre, entre outros convidados.
  Sobre Geraldo Vandré, o rei dos festivais, o jornalista Jeremias Macário fez um relato sobre sua vida e suas canções até o seu auge com a composição “Pra Não Dizer que não Falei das Flores” (Caminhando), que também serviu de motivo para sua ruína com a perseguição militar. Vandré foi obrigado a se exilar, no início de 1969, passando pelo Chile, Alemanha, França, Bélgica, Bulgária e outros países, retornando em meado de 1973 ainda em plena ditadura. Nunca mais quis se apresentar em público dizendo-se decepcionado com a invasão da cultura de massa.
Além da violada de artistas locais que sempre frequentaram nosso encontro, com muita honra, a noite foi recheada de belas declamações de poesias e um bate papo saboroso de causos, histórias, estórias e piadas, acompanhados de um vinho, uma cerveja e uma caipirinha feita por Walter Lages, que mais parecia um gaúcho nordestino. Claro que não faltou uma comida que ninguém é de ferro.
  Nosso Sarau é colaborativo e socialista onde todos trazem uma bebida e uma comida para forrar o estômago. Assim todos curtem a noite num ar de cultura e aprendizagem na troca de ideias as mais diversas, num clima totalmente democrático por mais que as discussões fiquem acaloradas.
Para 2017 estamos com a proposta de abrir espaço para exposições de artes plásticas e fotografia, convidando artistas da nossa terra. Foi mais uma noite memorável e o Espaço Cultural Cascalho agradece a presença de todos, desejando boas festas e um próximo ano de mais saraus.

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