O SARAU DO ENCONTRO DE BOBY
DILLAN COM GERALDO VANDRÉ
Jeremias Macário
Com cerca de 30 pessoas entre artistas da
música, professores, fotógrafos e amigos, o Sarau do Espaço Cultural Cascalho
com o tema “O Encontro de Boby Dillan com Geraldo Vandré” realizado no último sábado, 17 de dezembro, encerrou o ano de
2016 com chave de ouro, prometendo voltar em 2017 com mais força, inclusive com
exposições de artes plásticas e fotografias.
Participaram do encontro de encerramento do
ano os cantores e compositores Walter Lages, Dorinho, Baducha, Moacyr Mocego,
Marta Moreno, Mano di Sousa e outros artistas que abrilhantaram o evento com
suas violas em disparada até altas horas da madrugada, ao som de grandes
canções e cancioneiros brasileiros.
Como sempre, o professor Itamar Aguiar se fez
presente quando falou sobre Boby Dillan, o ganhador do premio Nobel de
Literatura de 2016, suas origens e importância na música e nas letras. Geraldo
Vandré foi também nosso homenageado da noite. Jésus arrasou
com suas belas declamações de poetas populares, com interpretações primorosas.
Itamar Aguiar e Baducha, brilham no sarau |
O encontro também teve
a participação de Helen, Kika, Adilson, o irmão de Jésus, os fotógrafos José
Silva e José Carlos D´Almeida, Cléo, Céu, Jailton, Zélia, Maria Luíza, Cleide,
Jonas, Inês, Vitorino, com quem estudei em Amargosa, Gildásio Amorim, a dona da
casa Vandilza Gonçalves, que recebeu a todos com seu sorriso de sempre, entre
outros convidados.
Sobre Geraldo Vandré, o rei dos festivais, o
jornalista Jeremias Macário fez um relato sobre sua vida e suas canções até o
seu auge com a composição “Pra Não Dizer que não Falei das Flores”
(Caminhando), que também serviu de motivo para sua ruína com a perseguição
militar. Vandré foi obrigado a se exilar, no início de 1969, passando pelo
Chile, Alemanha, França, Bélgica, Bulgária e outros países, retornando em meado
de 1973 ainda em plena ditadura. Nunca mais quis se apresentar em público
dizendo-se decepcionado com a invasão da cultura de massa.
Além da violada de
artistas locais que sempre frequentaram nosso encontro, com muita honra, a
noite foi recheada de belas declamações de poesias e um bate papo saboroso de
causos, histórias, estórias e piadas, acompanhados de um vinho, uma cerveja e
uma caipirinha feita por Walter Lages, que mais parecia um gaúcho nordestino.
Claro que não faltou uma comida que ninguém é de ferro.
Nosso Sarau é colaborativo e socialista onde
todos trazem uma bebida e uma comida para forrar o estômago. Assim todos curtem
a noite num ar de cultura e aprendizagem na troca de ideias as mais diversas,
num clima totalmente democrático por mais que as discussões fiquem acaloradas.
Para 2017 estamos com a
proposta de abrir espaço para exposições de artes plásticas e fotografia,
convidando artistas da nossa terra. Foi mais uma noite memorável e o Espaço
Cultural Cascalho agradece a presença de todos, desejando boas festas e um
próximo ano de mais saraus.
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