SARAU COM NOVA ROUPAGEM VISUAL
Jeremias Macário
Com a viola e recitais
afinados dos cantadores e poetas, o Sarau do Espaço Cultural Cascalho voltou
com seu novo visual, dando seu recado literário na noite do último sábado (dia
12/11). O encontro varou a madrugada entre uma cerveja, um vinho, um agradável
bate-papo e uma comidinha caseira que ninguém é de ferro. Ficou o gosto do
quero mais entre os participantes.
Depois de seis meses de recesso, o Sarau
voltou com toda garra e disposição com as visitas ilustres de Karina, Paulo
Gabiru, Baducha e Cellêmias que se juntaram ao grupo mais presente de Itamar,
Dorinho, Walter Lages, José Carlos D´Almeida, Moacir Morcego, Jeremias e a dona
da casa Vandilza que recepcionou os novos participantes.
O professor Itamar Aguiar, como sempre um dos
mais frequentadores do nosso ambiente, com suas histórias e filosofia, conduziu
os debates e as discussões com maestria, ao som da viola tocada por Paulo
Gabiru que, na ocasião, prestou uma homenagem ao nosso maltratado “Velho Chico”.
O fotógrafo D´Almeida fez questão de registrar com fotos todos os lances e
ainda mostrou seu talento na declamação de poemas.
Dorinho, Walter Lages, Baducha e Moacir
soltaram suas vozes com suas músicas autorais e apresentação de clássicos das
canções da MPB que se eternizaram. Como sempre acontece, o “Sarau Cascalho”
abriu espaço democrático para as revelações de causos e estórias populares com
debates sobre política, literatura e assuntos diversos do nosso cotidiano.
Nosso propósito é que estes encontros se tornem
cada vez mais frequentes e de portas abertas a outros participantes, com um
formato mais temático para enriquecer as nossas noites etílicas e culturais dos
sábados. E a noite do “Encontro de Boby Dillan com o cancioneiro nordestino
Geraldo Vandré” já está lançado como desafio para os poetas e artistas da
música.
O prato inicial do último sarau cultural do
dia 12 de novembro foi frango com salada, seguido de uma moqueca de robalo
preparada pelo cozinheiro Dorinho. No final, Itamar e Walter que adoram
madrugar e só saírem na “fumaça da gata”, saborearam uma reforçada buchada
feita no capricho por Vandilza.
Como do costume, o professor Itamar Aguiar é
o primeiro a chegar e o último a sair, mantendo a mesma linha e coerência de
pensamento. Como no espaço não faltam chapéus, pouco mais de 130, todos se
incorporam ao estilo cauboy, matuto e sertanejo. Além do canto e da poesia, as
mulheres comandaram uma apresentação de dança ao som de um musical de canções
nordestinas de vinis das bandas do Quinteto Violado e Banda de Pau e Corda.
É claro que, entre uma violada e outra dos
nossos artistas, com tons os mais diversificados, não faltaram as cantorias rasantes
de Alceu Valença, Geraldo Vandré e Zé Ramalho. O nosso sarau tem espaço para
todos que estejam interessados em conhecer o nosso trabalho, sem formalidades e
medidas nas conversas. As críticas são saudáveis e sem ofensas pessoais como
fazem parte do nosso protocolo de ética.
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