quinta-feira, 17 de novembro de 2016

REENTRÈ DO SARAU 'CASCALHO', EM FOCO:



SARAU COM NOVA ROUPAGEM VISUAL
Jeremias Macário
Com a viola e recitais afinados dos cantadores e poetas, o Sarau do Espaço Cultural Cascalho voltou com seu novo visual, dando seu recado literário na noite do último sábado (dia 12/11). O encontro varou a madrugada entre uma cerveja, um vinho, um agradável bate-papo e uma comidinha caseira que ninguém é de ferro. Ficou o gosto do quero mais entre os participantes.
  Depois de seis meses de recesso, o Sarau voltou com toda garra e disposição com as visitas ilustres de Karina, Paulo Gabiru, Baducha e Cellêmias que se juntaram ao grupo mais presente de Itamar, Dorinho, Walter Lages, José Carlos D´Almeida, Moacir Morcego, Jeremias e a dona da casa Vandilza que recepcionou os novos participantes.
  O professor Itamar Aguiar, como sempre um dos mais frequentadores do nosso ambiente, com suas histórias e filosofia, conduziu os debates e as discussões com maestria, ao som da viola tocada por Paulo Gabiru que, na ocasião, prestou uma homenagem ao nosso maltratado “Velho Chico”. O fotógrafo D´Almeida fez questão de registrar com fotos todos os lances e ainda mostrou seu talento na declamação de poemas.
  Dorinho, Walter Lages, Baducha e Moacir soltaram suas vozes com suas músicas autorais e apresentação de clássicos das canções da MPB que se eternizaram. Como sempre acontece, o “Sarau Cascalho” abriu espaço democrático para as revelações de causos e estórias populares com debates sobre política, literatura e assuntos diversos do nosso cotidiano.
  Nosso propósito é que estes encontros se tornem cada vez mais frequentes e de portas abertas a outros participantes, com um formato mais temático para enriquecer as nossas noites etílicas e culturais dos sábados. E a noite do “Encontro de Boby Dillan com o cancioneiro nordestino Geraldo Vandré” já está lançado como desafio para os poetas e artistas da música.
  O prato inicial do último sarau cultural do dia 12 de novembro foi frango com salada, seguido de uma moqueca de robalo preparada pelo cozinheiro Dorinho. No final, Itamar e Walter que adoram madrugar e só saírem na “fumaça da gata”, saborearam uma reforçada buchada feita no capricho por Vandilza.
  Como do costume, o professor Itamar Aguiar é o primeiro a chegar e o último a sair, mantendo a mesma linha e coerência de pensamento. Como no espaço não faltam chapéus, pouco mais de 130, todos se incorporam ao estilo cauboy, matuto e sertanejo. Além do canto e da poesia, as mulheres comandaram uma apresentação de dança ao som de um musical de canções nordestinas de vinis das bandas do Quinteto Violado e Banda de Pau e Corda.
  É claro que, entre uma violada e outra dos nossos artistas, com tons os mais diversificados, não faltaram as cantorias rasantes de Alceu Valença, Geraldo Vandré e Zé Ramalho. O nosso sarau tem espaço para todos que estejam interessados em conhecer o nosso trabalho, sem formalidades e medidas nas conversas. As críticas são saudáveis e sem ofensas pessoais como fazem parte do nosso protocolo de ética.

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