Nesta semana, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a
Ciência e a Cultura (Unesco) divulgou texto que pede mais justiça para
casos de assassinatos de jornalistas. De acordo com a entidade, a
maioria das mortes de profissionais da mídia permanece sem punição. Os
dados fazem parte do Relatório da diretoria-geral do órgão sobre a
Segurança de Jornalistas e o Perigo da Impunidade, que será divulgado na
íntegra em 17 de novembro.
Os
números prévios revelados pela Unesco mostram que menos de um em cada
dez casos de jornalistas assassinados é resolvido pelos sistemas
judiciários. Foi possível mensurar os dados com ajuda e informações de
40 dos 62 países nos quais jornalistas foram assassinados no exercício
da profissão. O levantamento denuncia, ainda, que 92% dos incidentes nos
quais a violência foi usada para cercear a liberdade de expressão
permanecem sem resolução, o que faz com que os criminosos tenham
tranquilidade para "se livrar dos assassinatos".
"A Unesco tem solicitado aos Estados-membros que não meçam esforços
para processar os responsáveis por assassinatos de profissionais da
mídia. A contínua melhora dos relatos dos países sobre as ações
judiciais tomadas contra os envolvidos em assassinatos de jornalistas,
como observado em 2015, mostra uma crescente capacidade de resposta no
que se refere à atenção da Unesco e das Nações Unidas como um todo sobre
a questão", explica a entidade.
Desde 2008, o Relatório sobre a Segurança de Jornalistas e o Perigo
da Impunidade é publicado a cada dois anos. Nos últimos 10 anos, a
diretoria-geral recebeu cumulativamente informações de 59
Estados-membros sobre 402 assassinatos dos 827 registrados na última
década. Porém, somente 63 desses 402 casos foram relatados como
resolvidos, o que representa 16% dos casos para os quais foram recebidas
informações e somente 8% de todos os assassinatos registrados pela
Unesco.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário