domingo, 23 de outubro de 2016

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Levi Vasconcelos - Tempo Presente - A Tarde

Conquista, o reduto do PT, está quase caindo

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Vitória da Conquista é um caso à parte na história do PT na Bahia. Foi o primeiro grande município que o partido conquistou, em 1996, 20 anos atrás, quando Lula ainda estava longe de assumir a presidência, e lá está até hoje.
Com Guilherme Menezes, o atual prefeito, em quatro mandatos (de 1996 a 2004 e de 2008 até agora) e mais um do deputado Zé Raimundo (PT), que agora enfrenta o segundo turno contra Herzem Gusmão (PMDB), o partido imperou nesses 20 anos, mas agora vê o seu primeiro e último grande reduto balançar, mais para cair.
Pesquisa do Painel Brasil divulgada esta semana dá 55,5% para Herzem contra 29,5% de Zé Raimundo na intenção para as eleições de domingo da próxima semana.
Petistas e governistas cumprem o dever de lutar até o fim. Mas admitem intramuros que a situação é muito difícil para eles.
Ainda assim Conquista faz história. Foi o primeiro quando o PT ainda era esperança. E se as previsões se confirmarem, como se acredita, será o último a afogar-se na maré antipetista que invadiu as urnas de 2016.
Ciência exata
A matemática da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) que o governo realiza no prédio 3 do Senai Cimatec apresenta números curiosos: custou R$ 370 mil, inclusos R$ 100 mil passados pelo Ministério da Ciência e Tecnologia.
A curiosidade é que o mesmo evento em 2014, no Salvador Shopping, custou R$ 1,4 milhão. Em 2015 caiu para R$ 615 mil e agora é 45% mais barato que o ano anterior.
Público — Braskem, Coelba, BNB, Sebrae e Bahiagás também estão apoiando. A fluência de público é grande. Em 2015, foram lá 15 mil pessoas em quatro dias. Ontem, já registrava 13 mil visitantes. A Semana termina hoje.
“Essa ação do PT não está cheirando bem”
Ronaldo Caiado, senador do DEM goiano, reagindo à decisão do PT de entrar na Justiça contra ele por ter dito ‘tem que fazer antidoping, ficar aqui cheirando, não’, referindo-se ao senador Lindberg Farias (PT-RJ).

" “Valores absolutos e sagrados do estado democrático de direito, como a independência dos poderes (...), precisam ser reiterados”
Renan Calheiros, presidente do Senado, reagindo à batida da PF na Casa
100 dias de paciência
Eleito prefeito de Alagoinhas, o médico Joaquim Neto (DEM) está pedindo ao povo 100 dias de paciência. Ele vai herdar do prefeito Paulo Cezar (PDT) uma herança ruim e uma boa.
A ruim: só a dívida do Saae de energia com a Coelba chega a R$ 5,5 milhões.
A boa: os  US$ 11,5 milhões de empréstimo na Cooperação Andina de Fomento (CAF), que há mais de dois anos Paulo Cezar tentou viabilizar, vão cair no colo dele de mão beijada.
Nos anos Paulo Cezar, Alagoinhas foi um dos municípios que mais cresceram na Bahia, segundo o próprio, graças à política de incentivos à instalação de indústrias.
Até a eleição — Segundo Joaquim, Paulo Cezar, um prefeito bem avaliado, veio bem até a eleição. A partir daí, destrambelhou.
– É para olhar esses cenários com tranquilidade que peço os 100 dias de paciência.
Multas ao som
Curiosa a lei que reajusta as multas por infrações no trânsito. Sem falar que criminaliza qualquer tipo de som que o guarda ouça do carro para onde ele está, um absurdo em nome do combate à poluição sonora, e dá 40% de desconto a quem pagar a multa em dia. Sugere o que o povo acha: a intenção principal é faturar.
E já que é assim, e também perguntar não ofende: vai ter promoção para as multas?
POUCAS & BOAS
Autor de várias obras na área jurídica, Raymundo Pinto, desembargador aposentado do TRT, tomou gosto pela ficção. Após o romance Orfandade de um ideal, terça (17h) ele lança na Livraria LDM do Shopping Paseo (Itaigara) A Primeira Vez, livro de contos, com prefácio de Joaci Góes e ilustrações de Ângelo Roberto.
A CCR aderiu à campanha do Outubro Rosa. A estação do Detran está iluminada com a prevalência do rosa.
POLÍTICA COM VATAPÁ
Ostracismo
Essa é em homenagem aos prefeitos que perderam a reeleição.
Ano 1970, final do governo de Negrão de Lima, no Rio de Janeiro. Pedro Gomes, jornalista, que era secretário de comunicação, teve que voltar ao batente. Primeiro dia da volta à rotina das redações, ia entrando no prédio em que funcionava o jornal O Globo, a água do ar-condicionado no andar de cima da porta desabou sobre o paletó dele.
Parou, olhou para cima, para os lados, soltou o peito:
– Zorra! Quando a gente perde o poder até o ar-condicionado cospe na gente!

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