Dilma ‘furou fila’ para se aposentar um dia após impeachment,
diz revista
Foto: Roberto Stuckert Filho / PR
Bahia Notícias - A
ex-presidente Dilma Rousseff pode ter “furado a fila” do Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS) para garantir sua aposentadoria um dia
após sofrer o impeachment. De acordo com a revista Época, pouco depois
da decisão do Senado de afastar a gestora, o ex-ministro da Previdência
Carlos Eduardo Gabas foi a uma agência da Previdência Social e, com uma
procuração em nome de Dilma, conseguiu obter o direito da petista de ter
renda mensal de R$ 5.189,92, teto permitido pelo sistema
previdenciário. A ex-presidente teve 40 anos, nove meses e dez dias
contabilizados de contribuição – dos quais 13 anos foram em cargos do
governo federal – e tinha acabado de perder seu salário de R$ 30.900.
Segundo a Época, não havia agendamento no sistema do INSS que garantisse
o atendimento dela nem de alguém com uma procuração em seu nome. A
aposentadoria “relâmpago”, afirma a publicação, foi organizada pelo
chefe da agência, Iracemo da Costa Coelho, em uma reunião reservada. O
tempo médio de obtenção do benefício na Previdência é de 74 dias. Em
resposta, Dilma e Gabas garantiram que não houve privilégio ou
tratamento diferenciado e que a reunião já estava agendada há alguns
meses, mas teve que ser adiada para um dia após o impeachment. A revista
aponta que o processo para garantir a aposentadoria da petista teve
início oito dias após o ex-presidente da Câmara dos Deputados, o
ex-deputado Eduardo Cunha, aceitou o pedido de impeachment. Em apenas um
dia, foram registradas 16 alterações na ficha laboral de Dilma, em que
foram validades, alterados ou excluídos vínculos trabalhistas desde
1975. Três auditores e técnicos da Previdência, consultados pela Época,
informaram que o procedimento foi “incomum” ou “excepcional”. O
presidente do INSS, Leonardo Gadelha, afirma que determinou que os fatos
sejam averiguados.
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