Temer manda leiloar FIOL e o Aeroporto de Salvador
A TARDE - Patrícia França
Elói Corrêa l Gov-BAPara a ampliação, manutenção e exploração do aeroporto de Salvador estão previstos investimentos de R$ 2,2 bilhões, com valor mínimo da outorga de R$ 1,18 bilhão. As receitas estimadas ao longo dos 30 anos de concessão são de R$ 16 bilhões. O ágio e 25% da outorga serão pagos imediatamente.
Já a Fiol receberá, pelos 537 quilômetros que serão concedidos no trecho baiano entre Ilhéus e Caetité, um investimento aproximado de R$ 2 bilhões. Essa obra é vital para o transporte de minério de ferro a partir de Caetité, onde estão as minas da Bahia Mineração (Bamin), até o Porto Sul - importante complexo portuário que será construído em Ilhéus.
Com esse programa, o governo federal pretende criar as condições necessárias para reorganizar a economia e para que o país possa voltar a gerar emprego e renda.
O financiamento será feito por bancos públicos (BNDES, Caixa, Banco do Brasil) e privados, além de recurso do fundo de investimento do FGTS (FI-FGTS).
Batizado de Crescer, o plano de concessões foi anunciado pelo presidente Michel Temer, após a primeira reunião do conselho do PPI (Programa de Parcerias em Investimentos).
Repercussão
Na Bahia, o programa foi bem recebido pelo governo do estado e pelo setor empresarial. O secretário da Casa Civil, Bruno Dauster, disse que o anúncio do governo consolida o modelo de negócio que o governador Rui Costa vinha discutindo com investidores chineses para continuidade da Fiol.
"Recentemente, tivemos uma negociação em Xangai, que identificou o caminho de uma licitação para a subconcessão da Fiol e, em paralelo, para que se acelere a implantação do Porto Sul", explicou o secretário.
Dauster assinalou que o projeto do Porto Sul e da Fiol tem sustentabilidade econômica pela possibilidade da exportação de 18 milhões de toneladas de minério de ferro da Bamin, e outras toneladas da região de Brumado, além da exportação de grãos do oeste baiano.
O presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Ricardo Alban, definiu como "muito positiva" a decisão do governo de transferir para a iniciativa privada a responsabilidade por importantes investimentos em infraestrutura.
Alban assinala que o setor público vive um momento delicado, na área fiscal, que pede iniciativas dessa natureza. Ele afirma que os dois projetos contemplados na Bahia são vitais para a competitividade do setor produtivo, e que foram objeto de pleito da Fieb no documento Bahia Uma Agenda para O Crescimento, entregue em agosto ao presidente Michel Temer.
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