domingo, 16 de maio de 2021

MORRE A ATRIZ EVA WILMA, DE CÂNCER:

 

Morre a atriz Eva Wilma, uma das maiores estrelas da televisão e do teatro, aos 87

TONY GOES
**arquivo** SÃO PAULO, SP, 08.12.2015: EVA-WILMA - A atriz Eva Wilma, 81. (Foto: Fábio Braga/Folhapress)
SP, 08.12.2015: EVA-WILMA - A atriz Eva Wilma, 81. (Foto: Fábio Braga/Folhapress)

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um dos maiores nomes da dramaturgia brasileira, a atriz Eva Wilma morreu neste sábado, aos 87 anos. Ela estava internada no hospital Albert Einstein desde abril tratando um câncer de ovário. A atriz havia sido internada em janeiro deste ano com pneumonia.

Não fosse pela proibição dos pais, Eva Wilma teria iniciado sua carreira no "Holiday on Ice", o espetáculo de patinação artística que excursionava sem parar pelo mundo afora. Aos 14 anos de idade, ela já era bailarina clássica, e sua desenvoltura a mantinha firme mesmo sobre uma superfície de gelo.

Mas a estreia como atriz não demorou. Em 1952, aos 19, começou no teatro com “Uma Mulher e Três Palhaços” ao lado de seu futuro marido, o ator John Herbert, morto há dez anos. No ano seguinte, fez seu primeiro filme, a comédia “Uma Pulga na Balança”, dirigida pelo italiano Luciano Salce.

Foi em 1953 que também apareceu na televisão pela primeira vez, no seriado “Namorados de São Paulo”, em que contracenava com Mario Sergio. John Herbert logo substituiu o ator original, e o programa teve seu título alterado para “Alô, Doçura”. Com ele, Eva Wilma entrou para a história da nossa TV.

Concebido por Cassiano Gabus Mendes como uma resposta brasileira à série americana "I Love Lucy", “Alô, Doçura” foi exibido pela Tupi até 1964. Não havia personagens fixos, mas Eva Wilma e John Herbert —com quem a atriz se casou em 1955— sempre interpretavam um casal que enfrentava alguma rusga conjugal. Com episódios de apenas 15 minutos de duração, o programa marcou época, e foi um precursor do que hoje chamamos de sitcom.​

Nas décadas de 1950 e 1960, Eva Wilma também participou de alguns episódios do “Grande Teatro Tupi” e de várias montagens do Teatro de Arena. Seu filme mais importante do período foi “São Paulo S.A.”, de Luís Sérgio Person, lançado em 1965. Mas, em 1969, um teste em Hollywood quase mudou o rumo de sua carreira.

A atriz estava almoçando no restaurante dos estúdios da Universal, em Los Angeles, quando um agente a abordou. Alfred Hitchcock estava procurando por uma atriz latina para interpretar uma cubana no que seria um de seus últimos longas, “Topázio”. Eva Wilma topou na hora, e fez três testes para o cineasta britânico. Acabou preterida pela alemã Karin Dior.

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