SECRETÁRIO DA CULTURA NA BERLINDA:
Artistas de Vitória da Conquista realizaram um ato de protesto em frente à Prefeitura Municipal, tendo em vistas as palavras proferidas pelo Secretário da Cultura, Adriano Gama, na Câmara de Vereadores, quando o secretário aconselhou os artistas conquistenses a 'passarem o chapéu', a exemplo de seus colegas que assim procedem em metrôs e praças públicas de Paris, etc.Os artistas sentiram-se vilipendiados e pedem a cabeça do secretário à prefeita Sheila Lemos.
Não poderíamos deixar a notícia sem registro e não achamos conveniente uma caça às bruxas. Este tipo de reação da classe artística é natural e deve ser vista desta forma.
Sabemos que Adriano Gama foi muito infeliz ao fazer tal pronunciamento, levando em conta que Conquista não tem este tipo de 'cultura' e pela grande quantidade de artistas, seria uma catástrofe para a categoria assim proceder, principalmente em época de Pandemia. Como sabemos, a palavra é uma seta que não tem volta, mas a intenção do secretário foi levada ao extremo, mesmo que tenha enfraquecido a categoria, antes de ajudá-la.
Nossa opinião é de que a prefeitura inclua os artistas em um edital para passarem esse tempo de vacas magras e que os órgãos públicos façam uma coleta para oferecer cestas básicas para manutenção das suas famílias. Está fora de questão essa ideia de 'passar o chapéu'. Fica aqui a nossa opinião.
Outra coisa. Devemos ter cuidado se é que vai haver mudança na secretaria, como corre pela cidade. Os artistas deveriam encabeçar um projeto urgente para que a prefeita envie à Câmara e o aprove, no sentido de dar à classe artística um mínimo de pró labore para sua manutenção enquanto indivíduos e chefes de família. Ter cuidado com nomes de pessoas que são logo aventadas, nem sempre confiáveis do ponto de vista político. Da forma que é estruturada, a secretaria da cultura nada pode fazer, já que não tem verba orçamentária e não há projetos em tramitação neste sentido.
Nós entregamos um bom projeto ao então prefeito Herzem Gusmão, em cópia, ele nos pediu que o enviasse por e-mail e ficou de nos dar uma resposta, coisa que não aconteceu, não sabemos porquê. Seria um local onde desenvolvêssemos diversas atividades artísticas, num centro de gastronomia, com shows, lançamentos literários, exposições plásticas, lojas de conveniência e de artigos regionais, etc que funcionasse de janeiro a janeiro, todos os dias, em horários aprazados, com a certeza de bons rendimentos para a classe envolvida e a revelação de novos valores. Projeto esse que deve estar dormitando numa das gavetas do Executivo, não sabemos por onde.
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