sábado, 27 de abril de 2019

RICARDO DE BENEDICTIS - COMENTANDO A HISTÓRIA:

OS FILHOS DO REI_I
Ricardo De Benedictis
Desde nossa Monarquia, as famílias reais sempre que colocadas em xeque, foram condenadas pela história. A forma da Transmigração da Família Real, em 1808, quando D. João VI fugiu de Portugal para livrar-se da nunca realizada invasão do seu Reino por Napoleão Bonaparte, expôs logo a figura de bonachão do Rei, a loucura explícita de D. Maria, 'Alouca', as aventuras sexuais da rainha Carlota Joaquina, a frescura de seu filho, Miguel, a falta de caráter de Pedro, (o estuprador de escravas), filho que o Rei deixou para trás, em sua volta - com a famosa e lendária frase: “Pedro, põe a coroa sobre tua cabeça, antes que algum aventureiro lance mão dela”. palavras que seriam contrariadas, anos depois, quando, acometido de uma tremenda dor de barriga, às margens do rio Ypiranga, em São Paulo, já de retorno de uma noitada com a ‘Marqesa de Santos’, sua amante, Dom Pedro teria se enfurecido e soltado o verbo: “Laços fora, soldados.... sic”. A História é contada pelos arautos do Rei de plantão. Daí porque tanta controvérsia.
Na verdade, Portugal era como os outros países do mundo, que sempre foram governados por linhagens aristocráticas ou simplesmente por aventureiros que tinham oportunidade de trair confianças, roubar e matar para chegarem ao poder econômico e político. Este é um resumo sórdido da sociedade humana que vem gerando monstros do tipo de Herodes, Calígula, Ivan o Terrível e Rasputin, o monge depravado. Hitler, Stalin, e tantos outros que o leitor conhece ou já ouviu falar.
No ‘Novo Mundo’, descoberto pelo italiano de Gênova, Cristofer Columbus, por financiamento da Coroa Espanhola – através dos Reis católicos Fernando e Isabel, é bom frisar que, com a divisão dos reinos de Portugal e Espanha, houve o Tratado de Tordesilhas entre os países-irmãos, e só então Portugal, que tinha Marinha própria, desde a Escola de Sagres, fundada ainda no fim da Idade Média – início do Renascimento, pode, enfim declarar o ‘achamento do Brasil’, tratado historicamente como ‘Descobrimento’, em 22 de abril de 1500 pelo Almirante português Pedro Álvares Cabral, em seu famoso e lendário turnê até as índias Orientais, cujos caminhos haviam sido alcançados pelo seu conterrâneo, Vasco da Gama.
Estes fatos históricos aprendemos na escola, apesar de termos lido obras e assistido vários filmes sobre o assunto, com algumas contestações pontuais e que não vêm ao caso, nos aprofundar, mesmo porque não somos historiadores, apenas revisitamos fatos históricos largamente conhecidos e reconhecidos. Há teorias inúmeras sobre tais fatos, mas não ousaremos explicitá-los, deixando tal mister para os mestres e doutores estudarem e tecerem suas teses.
No próximo ensaio falaremos sobre a volta de D. Pedro I para Portugal, sua assunção como Rei de Portugal, sob o título de Dom  Pedro IV que, ao sair, deixou seu filho Pedro II que mais tarde foi Imperador do Brasil até a Proclamação da República, em  1889 pelo Mal. Deodoro da Fonseca.

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