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Os irmãos já foram indiciados e estão presos desde setembro
pela acusação. Segundo a PF, eles se beneficiaram de informações
relacionadas ao acordo de colaboração premiada firmado com a
Procuradoria-Geral da República (PGR) para obter lucro no mercado
financeiro.
A JBS confirmou que comprou dólares no mercado futuro horas antes da
divulgação da notícia de que seus executivos fizeram delação premiada. O
dólar disparou no dia seguinte, subindo mais de 8%, o que resultou em
ganhos milionários à empresa.
Os Batista teriam praticado, então, o chamado “insider trading”, que é o
uso de informações privilegiadas para lucrar com operações no mercado
financeiro. A venda das ações da JBS em abril também evitou um prejuízo de R$ 138 milhões aos irmãos, já que o valor das ações da empresa despencou depois da revelação de que os empresários eram investigados pela polícia.
Wesley e Joesley Batista durante evento em São Paulo, em agosto de 2013 (Foto: Zanone Fraissat/Folhapress/Arquivo)
"Eles tinham informações bombásticas, com potencial de impacto
relevante no mercado (...) Eles tinham a expectativa de que, no futuro,
essas informações viriam a público. Antes que viessem, se posicionaram
no mercado financeiro e, com base nessas informações impactantes,
aferiram lucro", explicou o delegado da PF Edson Garutti.
Conforme afirmou o delegado, Joesley e Wesley Batista tiveram "suas
responsabilidades estritamente aferidas" no inquérito entregue ao MPF
nesta segunda-feira. Caberá ao órgão, agora, apresentar a denúncia,
solicitar o seu arquivamento ou reencaminhar a investigação para a
realização de novas diligências.
Os dois irmãos foram indiciados pelos crimes de manipulação de mercado e
pelo uso indevido de informação privilegiada com abuso de poder de
controle e administração. Wesley, porém, responderá sozinho à denúncia
da compra de dólares, já que, segundo a polícia, não há indícios da
participação de Joesley nessa negociação.
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