
O
Ministério de Minas e Energia divulgou nesta segunda-feira (21) que vai
propor a redução da participação da União no capital da empresa, em
processos similares à privatização da Vale. Por meio de um comunicado, o
governo justificou que a medida “trará maior competitividade e
agilidade à empresa para gerir suas operações, sem as amarras impostas
às estatais”. Atualmente a União é detentora de diretamente 40,99% das
ações da empresa –o BNDES tem 11,86% e fundos federais, outros 3,45%.
“Esse movimento permitirá à Eletrobrás implementar os requisitos de
governança corporativa exigidos no Novo Mercado, equiparando todos os
acionistas – públicos e privados – com total transparência em sua
gestão”, sugere o governo. De acordo com a Folha de S. Paulo, a empresa
vem implementando um plano de corte de custos para tentar reduzir seu
endividamento, que fechou o segundo trimestre em R$ 23,4 bilhões. “Os
problemas decorrem de ineficiências acumuladas nos últimos 15 anos, que
impactaram a sociedade em cerca de um quarto de trilhão de reais,
concorrendo pelo uso de recursos públicos que poderiam ser investidos em
segurança, educação e saúde. Não há espaço para elevação de tarifas nem
para aumento de encargos setoriais. Não é mais possível transferir os
problemas para a população. A saída está em buscar recursos no mercado
de capitais atraindo novos investidores e novos sócios. O governo
permanecerá como acionista, recebendo dividendos ao longo do tempo. A
empresa passará a dar lucro e não prejuízo, o que beneficiará Estados e
Municípios com o aumento na arrecadação de impostos”, afirmou o
ministério, por meio de nota.
Nenhum comentário:
Postar um comentário