sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Número de mortos após terremoto na região central da Itália vai a287:

Governo declarou estado de emergência no país.
Equipes seguem buscando por sobreviventes sob escombros.

Do G1, em São Paulo
Equipes de resgate continuam a fazer buscas por sobreviventes do terremoto na cidade de Amatrice, nesta sexta-feira (26) (Foto: Andreas Solaro / AFP) 


Um cão farejador do corpo de bombeiros faz buscas por vítimas sob escombros em Arquata, na Itália (Foto: Angelo Carconi / AP Photo)
O número de mortos pelo terremoto que afetou na quarta-feira (24) o centro da Itália aumentou para 267, em novo balanço divulgado nesta sexta (26). O governo declarou estado de emergência no país.
Autoridades admitem que ainda existe o temor que haja mais corpos entre os escombros de algumas das localidades mais afetadas, de acordo com a agência Efe.
A chefe de emergências da Defesa Civil, Immacolata Postiglione, divulgou nesta sexta, em Roma, o novo número de mortos e explicou detalhes da situação nas zonas afetadas pelo terremoto.
A busca por sobreviventes continuou durante a noite em Amatrice, onde se sabe que 207 pessoas morreram. Os socorristas trabalham com cães farejadores, escalavam pilhas de detritos tentando encontrar pessoas ainda soterradas. Em outras cidades e vilarejos as buscas estão diminuindo.
Um cão farejador do corpo de bombeiros faz buscas por vítimas em escombros em Arquata, na Itália. Um terremoto de magnitude 6.2 destruiu diversas cidades na região central da Itália nesta quarta (24), deixando mais de 240 vítimas (Foto: Angelo Carconi/AP) "Foi uma noite bem dura, porque você tem uma mudança significativa de temperatura aqui. Durante o dia é muito, muito quente, e de noite é muito, muito frio", disse Anna Maria Ciuccarelli, de Arquata del Tronto, segundo a AFP.
O impacto do principal tremor de quarta-feira foi maior perto de Perugia, região localizada a menos de 200 km de Roma.
Equipes de resgate continuam a fazer buscas por sobreviventes do terremoto na cidade de Amatrice, nesta sexta-feira (26) (Foto: Andreas Solaro / AFP)
A terra continuou a tremer na região. Mais de 920 abalos secundários atingiram a área ao redor de Amatrice e as cidades próximas de Pescara del Tronto, Arquata del Tronto e Accumoli. Quase 60 deles ocorreram desde a meia-noite, segundo a France Presse.
Pela segunda noite os sobreviventes dormiram em barracas montadas pelos serviços de emergência. Cerca de 2.500 pessoas ficaram desabrigadas pelo sismo de quarta-feira.
Cidades mais afetadas
Os municípios de Amatrice, de 2 mil habitantes; Accumoli, de 700 habitantes; e Norcia, de 4 mil habitantes, sofreram os maiores danos. O tremor foi sentido por 20 segundos na capital, Roma, e também no Vaticano. O terremoto ocorreu a apenas 10 km da superfície e a 76 km a sudeste de Perugia, às 3h36 do horário local – 22h36 desta terça, no horário de Brasília.
O governo da Itália destinou 42 milhões de euros para a reconstrução da região, segundo a BBC.

Enterros
As famílias se preparam para sepultar seus mortos nesta sexta. O primeiro enterro está marcado para esta manhã em Roma. Marco Santarelli, de 28 anos, filho de um funcionário de alto escalão do governo, morreu na casa de férias de sua família em Amatrice.
"Não encontro palavras para descrever a dor de um pai que sobrevive a seus próprios filhos. Talvez não haja palavras", disse o pai de Marco, Filippo Santarelli, ao jornal Corriere della Sera.
O funeral de duas crianças e seus avôs, mortos em Pescara del Tronto, estava agendado para esta sexta, mas foi adiado para sábado e contará com a presença do presidente da Itália.
Outros terremotos
Em 29 de maio de 2012, terremotos de magnitude 5,6 e 5,8 atingiram Emilia Romagna, no norte do país, e deixaram 15 mortos e 4 desaparecidos. Várias cidades tiveram danos e 5 mil pessoas tiveram de deixar suas casas.
Dias antes, em 20 de maio de 2012, um tremor de magnitude 5,9 também no norte da Itália, em Bondeno, deixou seis mortos e 50 feridos. Em 2009, tremor de magnitude 6,3 deixou mais de 300 mortos na região de L'Aquila.

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