sexta-feira, 12 de agosto de 2016

NA CONTRA-MÃO DOS DESEJOS DO POVO QUE OS ELEGEU...

Senadores baianos Otto Alencar, Lídice da Mata e Roberto Muniz votaram pela permanência de Dilma

Tribuna da Bahia - Gabriel Silva
Os três senadores baianos votaram contra o processo de afastamento, tanto o senador Otto Alencar, quanto a senadora Lídice da Mata e o senador Roberto Muniz (substituto de Walter Pinheiro como suplente, enquanto Pinheiro ocupa a Secretaria de Educação da Bahia).
Senador Roberto Muniz
Presidente do PSB, no estado, Lídice da Mata chegou a questionar o uso dos termos ‘Lulista’ e ‘Dilmista’ durante a sessão.  “Para que possamos ter uma sessão mais tranquila e a mais correta possível, acho que poderíamos fazer um apelo para que não iniciássemos os debates na adjetivação. Quando se trata de senadores que são pró-impeachment, são senadores normais. Quando se trata de senadores que são contra o impeachment, somos caracterizados ou como petistas ou como dilmistas. Eu não sou nem uma coisa, nem outra. Mas não vou ficar calada toda vez que essa expressão for utilizada, se não, vamos começar estimulando um acirramento dos ânimos, o que não é adequado para uma sessão desta natureza”, disse ela logo no inicio dos trabalhos, rebatendo o tucano Cássio de Lima.
Otto Alencar, Lídice e Pinheiro
Nos últimos dias, parlamentares petistas se reuniram com senadores para garantir que não houvesse mais dissidências entre os aliados. Um dos nomes que preocupava era o de Roberto Muniz (PP), suplente do ex-petista Walter Pinheiro.
Apesar da cúpula do PT acreditar que Muniz dificilmente votaria pelo impeachment, pela boa relação com o ex-governador Jaques Wagner e o atual mandatário, Rui Costa, o senador só definiu seu voto ontem, se declarando ser contrário ao processo de impeachment.
Outro que também não confirmava seu voto era o senador Otto Alencar. Apesar de caminhar ao lado do PT nas eleições municipais de Salvador e se mostrar contrário à abertura do processo de impeachment na Câmara dos Deputados, especulava-se ontem que o representante do PSD no estado poderia ser um dos aliados a mudar o voto, o que não aconteceu.
Questionado sobre a aproximação de Otto com o presidente interino, Michel Temer, Rui Costa disse que não acreditava na mudança de lado do senador. “Não. Em hipótese nenhuma. Não acredito nisso, não. Isso é disse me disse da imprensa”.

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