"Paula Roussef", filha de Dilma, deverá ser denunciada à Justiça Federal
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| Onde esta senhora trabalha? |
Paula Rousseff é
Procuradora do Trabalho, cargo que equivale a Procurador da República
na Justiça do Trabalho. Não pode alegar que deconhece as leis vigentes
no Brasil
para “aceitar” favores e se valer de mordomias não previstas na
legislação. ” “Aqueles que se beneficiaram podem ser condenados a
ressarcir as despesas aos cofres públicos acrescidas de multas pelo
desrespeito à lei”. “Uma
ilegalidade destas já fez muitos parentes de prefeitos pelo País
responderem pelo crime de peculato”, afirma o especialista em direito
público José Badue Freire, do escritório Peixoto e Cury, referindo-se ao
uso indevido e ilegal de bens públicos – automóveis e servidores
terceirizados – pagos pelo contribuinte. Dilma não consegue explicar os privilégios pagos com dinheiro público à sua
família. juristas dizem que ela poderá ser condenada a ressarcir a União
e a oposição pede que a denúncia feita por ISTOÉ seja apurada e a
mamata suspensa.
Na semana passada, a presidente afastada, Dilma Rousseff, por meio
de nota à imprensa, tentou explicar as mordomias ilegais que, com
dinheiro público, privilegiam sua filha, seu genro e seus netos, como
mostrou reportagem publicada por ISTOÉ. Mais uma vez, ela lançou mão de
argumentos falsos para esconder práticas nada republicanas. Os
privilégios concedidos à sua família serão alvos de
investigações pedidas pelo DEM. O partido vai solicitar ao Ministério
Público e ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) que apurem quem
as liberou, além de pedir para que sejam suspensas.
Em sua última edição, ISTOÉ revelou que Paula Rousseff, filha da presidente afastada, e Rafael Covolo, seu marido,
têm à disposição, em Porto Alegre (RS), uma frota de 8 carros
oficiais de representação (todos blindados e autorizados a circular com
placas frias) e um staff formado por 16 profissionais, entre motoristas e
seguranças. A reportagem constatou que esse aparato pago pelos
contribuintes é usado pelos familiares de Dilma em atividades
corriqueiras, como idas ao cabelereiro, petshop, além do transporte dos
netos da petista à escola. Cálculos feitos por técnicos do GSI indicam
que a mordomia custa cerca de R$ 300 mil por mês. A reportagem de ISTOÉ
constatou que, em junho, gastou-se mais de R$ 13 mil só em combustível. Esta conta pode ser bem maior!
“Dilma gosta de
exaltar que nunca se beneficiou da coisa pública. É preciso então que
sejam esclarecidas estas graves denúncias”, diz o presidente do DEM,
senador Agripino Maia. Na semana passada, depois da revelação feita por
ISTOÉ, Dilma tentou explicar a mamata. Em nota, ela não negou que o
staff pago com dinheiro público esteja a serviço de sua filha e de seu
genro, mas procurou dar ares de legalidade, citando uma série de leis e
decretos. O problema é que basta uma leitura atenta às leis mencionadas
pela própria presidente afastada para concluir que a mordomia dada aos
Rousseff é ilegal.
Ela diz
que o inciso VII do artigo 6º da Lei 10.683, de 28 de maio de 2003,
garante que os familiares do presidente da República e do
vice-presidente tenham segurança fornecida pelo Estado. É verdade. A lei
sancionada por Lula garante que os filhos
de presidente tenham direito a seguranças. Mas, ao contrário do que diz
Dilma, o texto não prevê o uso de carros oficiais para fazer transporte da família presidencial, muito menos de um presidente
afastado de suas funções. Em tese, só a
escolta para segurança seria permitida e ainda assim se houver risco
iminente à integridade. Em outro trecho da nota, Dilma invoca o artigo
5º do decreto 6.403. O decreto prevê o uso de
veículos de “transporte institucional” aos parentes do presidente, em
ocasiões especiais. Paula Rousseff e o marido usam outro
tipo de serviço, o de “carros de representação.” Os carros do chamado
serviço institucional são veículos comuns, com identificação de “a
serviço do governo federal” nas portas. Já os veículos
de representação são os chamados vips. Carros blindados com placas
frias. Esses últimos, segundo artigo omitido por Dilma, “são utilizados
exclusivamente pelo presidente da República, pelo vice-presidente”,
pelos Comandantes das Forças Armadas e por ex-presidentes. Categoria que
os parentes dela não se encaixam. Juristas ouvidos por ISTOÉ garantem que os familiares de Dilma e aqueles que liberaram a
mordomia podem ser responsabilizados
nas esferas criminal e cível. “Uma ilegalidade destas já fez muitos
parentes de prefeitos pelo País responderem pelo crime de peculato”,
afirma o especialista em direito público José Badue Freire, do
escritório Peixoto e Cury.
“Aqueles que se
beneficiaram podem ser condenados a ressarcir as despesas aos cofres
públicos acrescidas de multas pelo desrespeito à lei”. Para quem for
designado a investigar o caso, o jornal O Estado de S.Paulo publicou, na
quarta-feira 20, um caminho a ser seguido. De acordo com a publicação,
os veículos usados pela família da petista foram licitados para atender
ao então vice Michel Temer. Depois, acabaram desviados em uma canetada
de mãe para filha à família Rousseff enquanto Temer permaneceu usando
carros mais antigos.



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