‘Herdeiros do regime militar’, número de eleitores
anti-PT cresce no país, diz estudo
Foto: Reprodução / Fides Press

O número de eleitores que não toleram o Partido dos Trabalhadores
cresceu nos últimos anos e já ultrapassa a soma de pessoas que preferem
PSDB ou PMDB. A conclusão está em um estudo feito pelo cientista
político David Samuels, professor da Universidade do Minnesota (EUA), em
parceria com o colega Cesar Zucco Jr., da Fundação Getúlio Vargas do
Rio de Janeiro. Os dois preparam um livro sobre as simpatias e
antipatias partidárias no país e realizaram uma pesquisa chamada de
"Partidarismo, Antipartidarismo e Comportamento do Voto no Brasil".
Segundo a Folha de S. Paulo, o levantamento mostra que o PT ainda é a
sigla mais querida e odiada entre os brasileiros. Cerca de 14% do
eleitorado declarava simpatia pelo PT em 1997. O número chegou a 23,28%
em 2006 e recuou para 15,95% em 2014. Tucanos e peemedebistas também
perderam fatias de partidários nos últimos anos. Para realizar o
balanço, os pesquisadores usaram bases da Fundação Perseu Abramo, ligada
ao PT, e da Brazilian Electoral Panel Survey, do Banco Interamericano
de Desenvolvimento. Ao todo, foram entrevistadas 2.469 pessoas em 1997,
2.379 em 2006 e 3.120 em 2014. Samuels classificou os antipetistas puros
como "desiludidos com a democracia, verdadeiros herdeiros do regime
militar".
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