Meus
amigos, informei esta manhã ao líder do PMDB no Senado, Eunício de
Oliveira, e ao presidente regional do PMDB no Espírito Santo, deputado
federal Lelo Coimbra, o meu desligamento do partido.
 Tomei esta decisão a despeito de
minha sintonia com a legenda no estado, liderada pelo governador Paulo
Hartung, que, desde a sua última administração, vem realizando profundas
e positivas mudanças das quais fui e sou parceiro, além de ser um
exemplo de gestão pública e de práticas políticas.
Deixo bons amigos e companheiros
no PMDB capixaba, com os quais tenho grande apreço e pretendo continuar
tendo as mesmas respeitosas relações. A postura digna da legenda no
estado se compara a das representações no Rio Grande do Sul, de Pedro
Simon, em Pernambuco, de Jarbas Vasconcelos, e em Santa Catarina, do
saudoso Luiz Henrique da Silveira, entre outras. A independência e a
coragem foram e são as suas marcas.
Mas, infelizmente, a grande
mudança que precisamos e devemos realizar no país não será feita pelos
nossos estados, mas, sim, no plano nacional. Apelei reiteradas vezes ao
PMDB que deixasse a aliança liderada pelo PT e pela presidente Dilma
Rousseff na Presidência da República, em nome de suas grandes tradições,
notadamente na luta pela redemocratização de nosso país.
Tenho defendido que o partido
abandone o quanto antes essa aliança política responsável pela atual
derrocada política, moral e econômica do Brasil, com graves
consequências sociais. Ingenuamente, cheguei a acreditar que esse
afastamento se daria, mas o que temos visto é a insistência na
manutenção da aliança espúria, sem perspectivas de novos rumos.
É chegado o momento de buscarmos
a união de forças para derrotar de vez esse projeto de poder que tanto
mal faz ao nosso país e às futuras gerações.
Com os meus sinceros
cumprimentos aos colegas do PMDB, particularmente os do Espírito Santo,
continuarei lutando em outras trincheiras por dias melhores para todos,
resgatando a honra na política, a justiça social e o desenvolvimento.
Como disse o pensador Thiago de Mello, não tenho um caminho novo. O que
eu tenho de novo é um jeito de caminhar.
Ao expor essa minha convicção,
desejo sinceramente que o governador Hartung possa refletir sobre ela e
tomar igual decisão de deixar o PMDB.
Abraços a todos!
Ricardo Ferraço - Senador
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