Lobista diz que PMDB e campanha de Dilma
receberam dinheiro de esquema
O lobista João Augusto Rezende Henriques denunciou à revista Época um
esquema de propina para fechar contratos na Petrobras, maior empresa do
país. Parte do dinheiro arrecadado teria inclusive abastecido a campanha
eleitoral de Dilma Rousseff em 2010. O esquema, conta a edição desta
semana da revista, era organizado pelos operadores do PMDB na área
internacional da empresa, em parceria com Jorge Zelada, diretor
internacional da companhia desde 2008. João Augusto relatou que tinha
acesso a todos os contratos neste setor. No processo, João Augusto
cobrava um pedágio dos empresários interessados. Do valor da propina,
entre 60% e 70% era repassado ao PMDB, principalmente à bancada mineira
da legenda na Câmara, responsável pela indicação de Zelada para o cargo.
Entre os parlamentares peemedebistas que participariam da divisão do
dinheiro, estão o atual ministro da Agricultura, Antonio Andrade, e o
presidente da Comissão de Finanças da Câmara, João Magalhães. João
Augusto e outros quatro lobistas ouvidos por Época disseram que o
secretário das Finanças do PT, João Vaccari, recebeu o equivalente a US$
8 milhões durante a campanha presidencial de Dilma Rousseff em 2010. O
valor, de acordo com João Augusto, foi pago pela Odebrecht, devido a um
contrato bilionário fechado na área internacional da Petrobras, que
dependia de aprovação do então presidente da empresa, José Sergio
Gabrielli (PT), atualmente secretário de Planejamento do governo da
Bahia.


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