Corpo de Danuza Leão será velado e cremado nesta sexta
Escritora, jornalista e ex-modelo morreu na quarta-feira, aos 88 anos. Ela sofria de enfisema pulmonar e morreu de insuficiência respiratória.
Por g1 Rio
A despedida da ex-modelo, jornalista e escritora Danuza Leão acontece na tarde desta sexta-feira (24), no Rio, em cerimônia restrita a familiares e amigos.
O velório será das 13h às 16h no Salão Ecumênico 1 do Crematório e Cemitério da Penitência, no Caju, na Zona Norte. Em seguida, às 16h, o corpo será levado para a cremação.
Personalidades das mais importantes da sociedade e da cultura carioca do século 20, Danuza morreu na quarta-feira (22), aos 88 anos. Ela sofria de enfisema pulmonar e morreu de insuficiência respiratória.
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Um dos rostos mais marcantes da indústria da moda em seu tempo, tornou-se uma cronista célebre (e não raro polêmica) na imprensa brasileira.
Ela lançou best-sellers como "Na sala com Danuza" e "Quase tudo", a autobiografia na qual narra uma vida intensa e marcada também por casamentos com figuras também centrais em sua época, como os jornalistas Samuel Wainer, com quem teve três filhos, Antônio Maria e Renato Machado.
Relembre a trajetória de Danuza Leão
Perfil
A escritora, jornalista, modelo e atriz Danuza Leão nasceu em Itaguaçu, no interior do Espírito Santo, no dia 26 de julho de 1933. Aos 10 anos, ela e a família se mudaram para o Rio de Janeiro.
Ainda na década de 50, Danuza deu início a sua carreira como modelo. Ela foi a primeira brasileira a desfilar no exterior.
Irmã da cantora Nara Leão (1942-1989), Danuza acompanhou o nascimento da bossa nova em seu apartamento em Copacabana, na Zona Sul do Rio, onde se reuniam os grandes artistas da época.
Além de modelo, Danuza também foi jurada de programa de TV, entrevistadora, dona de boutique e produtora de arte.Como atriz, ela participou, em 1967, do filme “Terra em transe”, como a personagem Sílvia. A obra foi roteirizada e dirigida por Glauber Rocha.
Em 1992, Danuza Leão alcançou o sucesso como escritora. Seu livro de etiquetas sociais “Na sala com Danuza”, liderou a lista dos mais vendidos durante um ano.
Em 2004, publicou uma nova edição de seu maior sucesso, “Na sala com Danuza 2”.
Danuza Leão e Nara Leão no Aeroporto do Galeão no Rio de Janeiro, após desembarque de Danuza vinda de Paris em janeiro de 1967 — Foto: Estadão Conteúdo/Arquivo
Em seguida, ela escreveu o “Quase tudo” (2005), um livro de memórias, que recebeu o Prêmio Jabuti; “Danuza Leão fazendo as malas” (2008), também ganhador do Prêmio Jabuti; “Danuza Leão de malas prontas” (2009) e “É tudo tão simples” (2011).Outro trabalho de sucesso de Danuza foi como cronista. Ela foi colunista do Jornal do Brasil, da Folha de S.Paulo e do caderno ELA, do jornal O Globo, onde escrevia sobre assuntos variados, desde comportamento e relacionamento, até família e dicas de etiqueta.
Do casamento com o jornalista Samuel Wainer, fundador do jornal Última Hora, nasceram três filhos: Samuel Wainer Filho (1955-1984), Pinky Wainer e Bruno Wainer, e seis netos.
Após a separação com Wainer, a escritora ainda se casou mais duas vezes, com o cronista e compositor Antônio Maria e com o jornalista Renato Machado.
Danuza Leão durante entrevista em novembro de 1984 — Foto: Claudinei Petroli/Estadão Conteúdo/Arquivo
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