domingo, 25 de outubro de 2020

BETO MAGNO - CINEASTA E JORNALISTA:

 

SOBRE ALLAN DECARD
Beto Magno, Cineasta e jornalista ( O autor, no atelier do artista)
    As maravilhas da moderna tecnologia, nos aproxima de tudo e de todos. Graças a ela consigo me manter conectado ao meu torrão Natal, Vitória da Conquista , terra que amo com todas as minhas forças.
     Tenho mantido meus amigos aqui de Salvador , informados dos últimos episódios ocorridos aí , no tocante as obras do artista Allan de Kard e o injustificável ataque que tem recebido em especial pelo Conselho Municipal de Cultura, que foge completamente do seu papel , assumindo uma postura quase que inquisitorial . Quando falo Conselho Municipal de Cultura , devo dizer que existe lá honrosas exceções, que se constitui em minoria.  As obras da Olívia Flores , parece ter tomado todo o tempo da atual gestão.  Gostaria de saber o que de verdadeiramente propositivo saiu da atual gestão, em relação a Cultura de nossa cidade?  Parece que a perseguição encetada ao artista , tem motivação ideológica, embora o artista não pertença a nenhum partido , aliás já vi uma declaração sua muito interessante a esse respeito.
“ Na Política, o meu partido é o inteiro, daí pode-se dizer que sou ambidestro, pois só acredito na aristocracia intelecto-moral”
    A última deliberação desse conselho, foi a recomendação ao executivo da retirada das obras do artista da Olívia, recomendação essa que certamente não será acatada por esse ou qualquer outro Governo.
   Existem algumas considerações que gostaria de fazer a cerca dessa recomendação:
   A primeira é que ao contrário do anunciado essa não foi uma decisão unânime.
    Segundo:  o conselho alega que é necessário normalizar o uso do espaço Público para a instalação de obras de arte. Porém nasce em mim uma dúvida.  Essa recomendação vale só para o artista Allan de Kard, ou para as demais obras instaladas
de outros artistas na Cidade?
Como o Monumento aos Pracinhas de Cajaiba, ou a escultura do Artista Romeu Ferreira em homenagem aos desaparecidos do período do Regime militar, ou o Monumento ao índio do artista Edimilson Santana, ou mesmo o Cristo de Mário Cravo.  Em que condições essas obras foram instaladas? Tenho certeza que essa pergunta nunca foi formulada dentro do Conselho municipal de Cultura.
    Vale ressaltar que as obras de Allan de Kard não foram feitas com recursos públicos.
     Ainda ontem tive a oportunidade de ler uma matéria, feita em conjunto pelos sites Avoador e Gambiarra, onde fica clara a tentativa de desmerecer o trabalho do artista.
    A autora da matéria faz um esforço enorme para parecer imparcial. salta aos olhos os artifícios utilizados na construção de uma narrativa negativa , desfavorável ao Allan, que vai desde o super trato nos argumentos do conselho e o completo desleixo as colocações do artista, chegando ao cúmulo de neglicenciar na pontuação, construir frases soltas , fugindo completamente do contexto. Técnica essa já conhecida de muitos.
    Há ainda um flagrante desequilíbrio, quando a matéria é apresentada com opiniões de pessoas supostamente abalizaras, sem contudo apresentar o contraditório, já que sabemos existir um grande número de críticos
de arte que tem uma posição completamente diferente.
    Parece-me que a referida matéria , atende a uma encomenda com fins específicos.
      Tenho um sentimento que já me é antigo.  O Conselho municipal de Cultura não representa os anseios da classe artística, e tenho certeza que a sociedade conquistense não deixará isso acontecer.

    Beto Magno, Cineasta e jornalista

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