Toffoli autoriza prisão domiciliar para Geddel após teste positivo para Covid-19
Lisandra Paraguassu
Reuters - Foto: ex-ministro Geddel Vieira Lima BRASÍLIA
(Reuters) - O ex-ministro Geddel Vieira Lima, que foi diagnosticado com
Covid-19 na semana passada, poderá cumprir pena em casa, com
tornozeleira eletrônica, de acordo com liminar concedida nesta
quarta-feira pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias
Toffoli. Alegando o princípio geral de cautela, Toffoli acatou um
pedido da defesa, que alegava risco de morte do político, que, além do
diagnóstico inicial positivo para Covid-19, tem uma série de
comorbidades que aumentam risco, entre elas hipertensão e obesidade. "O
demonstrado agravamento do estado geral de saúde do requerente, com
risco real de morte reconhecido, justifica a adoção de medida de
urgência para preservar a sua integridade física e psíquica, frente à
dignidade da pessoa humana", disse o ministro. Toffoli ressaltou
que sua decisão pode ser revista depois pelo juiz natural do caso, Edson
Fachin, sobre a duração da prisão domiciliar humanitária.
Geddel
está preso preventivamente desde julho de 2017, depois que uma operação
da Polícia Federal apreendeu cerca de 51 milhões de reais em malas e
caixas em um de seus apartamentos em Salvador. O ex-ministro foi
condenado em outubro de 2019 a 14 anos e 10 meses de prisão por
organização criminosa e lavagem de dinheiro e cumpria pena no Centro de
Observação Penal do Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador.
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