O LIVREIRO
Ricardo De
Benedictis
O livreiro
se acha. Pensa que é semideus.
Sua verdade
é absoluta. Só ele ‘sabe’ das coisas.
Se conhece
algum escritor que não lhe elogie em suas viagens, ele o despreza. Faz chacota,
diz que suas ideias ‘são bobagens’, reina absoluto no seu diminuto círculo.
Passa ao
largo de tudo e de todos. Usa as redes sociais para menosprezar quaisquer
pensamentos, sejam lá quais forem, apenas porque não partiram da sua criação.
Ele se acha.
Portanto, é o princípio e o fim.
O meio para
ele, é para os fracos. Não sabe o que é!
Um crítico?
Pode até
ser, mas não utiliza os conhecimentos
que diz ter, quem sabe, para suplantar suas frustrações, colhidas ao longo da
vida.
Vive numa
bolha!
Imagino-o em
sua loja, vendendo livros usados, ter que elogiar autores famosos visando
valorizar a mercadoria e com isso, levar seu ganha-pão adiante...
Acho
dignificante sua labuta. Livros são sinônimos de conhecimento e de civilidade.
Mas a leitura simplesmente, pode não influir ou até influir demasiadamente no
caráter de cada um.
No labor de livreiro, até acho que o faz bem.
Há anos no ramo. Deve estar consolidado, mesmo nesta fase sombria do corona
vírus.
Desejo-lhe
boa sorte e mais tempo para escrever, para que possamos fazer ideia das suas
atuais condições mentais. E assim, entendermos melhor o que passa em sua
cachola!
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