O
ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo
Tribunal Federal, autorizou a Procuradoria Geral da República (PGR) a
investigar 8 ministros, 3 governadores, 24 senadores e 39 deputados.
Os pedidos se baseiam na chamada lista de Janot, feita com base em
delações de ex-executivos da Odebrecht.
Veja os nomes:
Eliseu Padilha (PMDB-RS), ministro da Casa Civil
Qual a suspeita: Segundo delação de Marcelo Odebrecht, Padilha cobrava propinas para irrigar campanhas eleitorais do PMDB envolvendo concessão de aeroportos.
O que ele diz:
A defesa do ministro-chefe da Casa Civil, representada pelo
criminalista Daniel Gerber, afirma que todo e qualquer conteúdo de
investigações será debatido exclusivamente dentro dos autos.
Gilberto Kassab (PSD), ministro da Ciência e Tecnologia
Qual a suspeita: Segundo depoimentos de Benedicto Barbosa da Silva Júnior e Paulo Henyan Yue Cesena, ele recebeu R$ 20 milhões em vantagens indevidas
no período de 2008 e 2014, por suas condições como prefeito de São
Paulo e ministro das Cidades. Segundo declarações de Carlos Armando
Guedes Paschoal e Roberto Cumplido, foi um dos beneficiários de vantagem
indevida paga a agentes públicos em obras viárias de São Paulo em 2008.
O que ele diz:
"O ministro confia na Justiça, ressalta que não teve acesso
oficialmente às informações e que é necessário ter cautela com
depoimentos de colaboradores, que não são provas. Reafirma que os atos
praticados em suas campanhas foram realizados conforme a legislação."
Wellington Moreira Franco (PMDB), ministro da Secretaria-Geral da Presidência
Qual a suspeita: Segundo delação de Marcelo Odebrecht, Moreira Franco cobrava propinas para irrigar campanhas eleitorais do PMDB envolvendo concessão de aeroportos.
O que ele diz: A assessoria do ministro informa que ele não vai comentar o assunto
Bruno de Araújo (PSDB-PE), ministro das Cidades
Qual a suspeita:
Segundo as delações de João Antônio Pacífico Ferreira, Benedicto
Barbosa da Silva Júnior, Cláudio Melo Filho e Luiz Eduardo da Rocha
Soares, Araújo recebeu repasses não contabilizados de R$ 600 mil da Odebrecht entre 2010 e 2012
a pretexto de doação eleitoral, quando era deputado federal. De acordo
com o inquérito, ele agiu em defesa dos interesses da empresa no
Congresso e é acusado de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e
corrupção ativa.
O que ele diz:
"De acordo com a legislação eleitoral, solicitei doações para diversas
empresas, inclusive a Odebrecht, como já foi anteriormente noticiado. O
sistema democrático vigente estabelecia a participação de instituições
privadas por meio de doações. Mantive uma relação institucional com
todas essas empresas.Em todo o meu mandato, sempre atuei em prol de
interesses coletivos. Atuei de acordo com a minha consciência."
Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), ministro das Relações Exteriores
Qual a suspeita: Segundo
delações de Arnaldo Cumplido de Souza Couto, Benedicto Barbosa da Silva
Júnior, Carlos Armando Guedes Paschoal, Luiz Eduardo da Rocha Soares,
Roberto Cumplido, Fábio Andreani Gandolfo e Pedro Augusto Ribeiro Novis,
Nunes recebeu ilegalmente R$ 500 mil do grupo Odebrecht para financiar sua campanha para o Senado em troca de favores políticos.
O que ele diz: O
ministro das Relações Exteriores diz que as acusações são mentirosas,
mas que só vai comentar o tema após ter acesso ao pedido de inquérito.
Marcos Antônio Pereira (PRB), ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços
Qual a suspeita: Segundo delação de Marcelo Odebrecht, Pereira recebeu R$ 7 milhões da construtora em favor do Partido Republicano Brasileiro (PRB) para campanha eleitoral de Dilma Rousseff.
O que ele diz: “O
ministro está à disposição da Justiça para prestar todos os
esclarecimentos necessários, muito embora não tenha sido notificado
oficialmente nem tenha conhecimento de nada daquilo que é acusado.
Marcos Pereira agiu sempre dentro da lei enquanto presidente de partido,
buscando doações empresariais respeitando as regras eleitorais, e
esclarecerá não ter qualquer envolvimento com atitudes ilícitas”.
Blairo Borges Maggi (PP), ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Qual a suspeita: Segundo os delatores João Antônio Pacífico Ferreira e Pedro Augusto Carneiro Leão Neto, da Odebrecht, Blairo recebeu R$ 12 milhões durante campanha de 2006
ao governo do estado do Mato Grosso. Segundo os delatores, o ministro
tinha o apelido de "Caldo" dentro do sistema de propinas da empresa.
O que ele diz:
"Lamento que meu nome tenha sido incluído numa lista de pessoas citadas
em delações da Construtora Odebrecht, sem que eu tivesse qualquer
possibilidade de acesso ao conteúdo para me defender. Me causa grande
constrangimento ter minha honra e dignidade maculadas, numa situação na
qual não sei sequer do que sou acusado. Mesmo assim, gostaria de
esclarecer que: 1. Não recebi doações da Odebrecht para minhas campanhas
eleitorais; 2. Não tenho ou tive qualquer relação com a empresa ou os
seus dirigentes. 3. Tenho minha consciência tranquila de que nada fiz de
errado."
Helder Barbalho (PMDB), ministro da Integração Nacional
Qual a suspeita: Os delatores Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis e Mário Amaro da Silveira afirmam que Barbalho, o senador Paulo Rocha (PT-BA) e o prefeito de Marabá, João Salame (PROS-PA), solicitaram R$ 1,5 milhão
para a campanha do ministro ao governo do Pará em 2014. A Odebrecht
desejava atuar como concessionária da área de saneamento básico no
estado.
O que ele diz:
"Ele nega que tenha cometido ilegalidades; reafirma que todos os
recursos que recebeu como doações para sua campanha em 2014 foram
devidamente registradas junto ao TRE-PA, que aprovou todas as suas
contas; esclarece que não tinha e não tem qualquer ingerência sobre a
área de saneamento no município de Marabá; destaca sua estranheza com o
codinome Cavanhaque, em toda sua trajetória política, Helder Barbalho
nunca usou cavanhaque."
Renan Filho (PMDB), governador de Alagoas
Qual a suspeita: São dois inquéritos. No primeiro, segundo delação de Cláudio Melo Filho, Renan Calheiros pediu doação eleitoral a seu filho, candidato ao governo de Alagoas em 2014.
João Antônio Pacífico Ferreira autorizou o repasse de R$ 1,2 milhão ao
PMDB, via doação oficial ao partido, dos quais ao menos R$ 800 mil foram
para a campanha de Renan Filho. No segundo, de acordo com delações de
Ariel Parente Costa, Alexandre Biselli, Cláudio Melo Filho, Fabiano
Rodrigues Munhoz, Benedicto Barbosa da Silva Júnior e João Antônio
Pacífico Ferreira, foram feitas doações a Renan Filho.
O que ele diz: Ele
afirma que todas as doações recebidas na campanha foram rigorosamente
dentro da lei, declaradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral.
Robinson Faria (PSD), governador do Rio Grande do Norte
Qual a suspeita:
Segundo delações de Alexandre José Lopes Barradas, Fernando Luiz Ayres
da Cunha Reis, Benedicto Barbosa da Silva Júnior, Ariel Parente e João
Antônio Pacífico Ferreira, Robinson Faria é suspeito de ter recebido R$
350 mil na campanha de 2010 (foi vice de Rosalba Ciarlini).
O que ele diz:
"Ainda não tive acesso ao teor da denúncia, mas quero deixar claro que
minha postura é de serenidade e consciência tranquila. Estou pronto para
prestar os esclarecimentos que venham a ser necessários à Justiça.
Continuo seguindo com a missão que recebi de Deus e do povo do meu
Estado. Continuo dando tudo de mim, com perseverança e compromisso com o
o povo do Rio Grande do Norte”, disse o governador Robinson Faria nas
redes sociais.
Tião Viana (PT), governador do Acre
Qual a suspeita: Segundo delações de Hilberto Mascarenhas e Marcelo Odebrecht, Tião Viana é suspeito de receber R$ 2 milhões na campanha de 2010, sendo R$ 500 mil como doação oficial, a pedido do irmão, o senador Jorge Viana (PT)
O que ele diz:
"Neste momento dantesco da vida nacional, parece que nenhuma linha fina
separa a honra da desonestidade. Tenho um histórico de combate à
corrupção como ativista político, senador da República e governador do
Acre. Defendo a apuração de qualquer fato suspeito e a punição de
qualquer um que tenha culpa provada. Portanto, também tenho integridade,
coerência e coragem para não aceitar a sanha condenatória de setores
poderosos que destroem reputações tomando apenas a delação interessada
de corruptos apanhados no crime. Sobre a construtora Odebrecht, afirmo
nunca realizou qualquer obra no Estado do Acre, portanto, nem sequer
poderia ter aqui qualquer tipo de interesse escuso ou legal. Nunca me
reuni com o senhor Marcelo Odebrecht, com nenhum executivo da sua
empresa nem de qualquer outra envolvida na Operação Lava a Jato. Outra
canalhice já tentou envolver o meu nome em ataque semelhante, mas o
Superior Tribunal de Justiça reconheceu a minha inocência por
unanimidade e a Procuradoria-Geral da República pediu o arquivamento do
caso. As contas das minhas campanhas são públicas e foram aprovadas pelo
Tribunal Regional Eleitoral. Confio na Justiça, defenderei a minha
honra com determinação e tomarei todas as medidas judiciais cabíveis
contra os delatores da calúnia e os propagandistas da desonra.
Indignado, mas de consciência tranquila, reafirmo: estou longe dessa
podridão, essa podridão está longe de mim."
Eunício Oliveira (PMDB-CE), presidente do Senado
Qual a suspeita: De acordo com a delação de funcionários da Odebrecht, o presidente do Senado recebeu R$ 2 milhões para facilitar a conversão de medidas provisórias em lei.
O que ele diz:
"Não tenho nenhuma informação sobre os nomes nem sobre os inquéritos.
Os homens públicos têm que estar sempre atentos e sem medo de fazer os
enfrentamentos que a vida a pública nos oferece. Vamos tocar a pauta do
Senado naturalmente. Vamos tocar a pauta com naturalidade."
Antônio Anastasia (PSDB-MG), senador
Qual a suspeita: Citado em um dos inquéritos que tratam do senador Aécio Neves, Anastasia é suspeito de receber vantagens indevidas em forma de doações de campanha eleitoral em 2009 e 2010.
O que ele diz: "Em toda sua trajetória, Anastasia nunca tratou de qualquer assunto ilícito com ninguém."
Romero Jucá Filho (PMDB-RR), senador
Qual a suspeita: Citado em cinco inquéritos, o senador Romero Jucá é suspeito de receber dinheiro em troca da aprovação de leis que interessavam a Odebrecht.
O que ele diz:
"Sempre estive e sempre estarei à disposição da Justiça para prestar
qualquer informação. Nas minhas campanhas eleitorais sempre atuei dentro
da legislação e tive todas as minhas contas aprovadas."
Aécio Neves da Cunha (PSDB-MG), senador
Qual a suspeita: Citado em cinco inquéritos, ele é suspeito de receber vantagens indevidas para favorecer a Odebrecht em obras como das usinas de Jirau e fraudes em licitação em MG.
O que ele diz:
A assessoria do senador informa, em nota, que ele "considera importante
o fim do sigilo sobre o conteúdo das delações, iniciativa solicitada
por ele ao ministro Edson Fachin na semana passada, e considera que
assim será possível desmascarar as mentiras e demonstrar a absoluta
correção de sua conduta". A assessoria também afirmou que "é falsa e
absurda a acusação de que Aécio teria participado de algum ato ilícito
envolvendo a licitação ou as obras da Cidade Administrativa de Minas
Gerais".
Renan Calheiros (PMDB-AL), senador
Qual a suspeita: Citado em quatro inquéritos, o senador é suspeito de pedir propina para a campanha do filho ao governo de Alagoas,
pedir propina para facilitar a implementação de leis de interesse da
Odebrecht e pedir propina para facilitar obras da construtora no sertão
alagoano.
O que ele diz:
"A abertura dos inquéritos permitirá que eu conheça o teor das supostas
acusações para, enfim, exercer meu direito de defesa sem que seja
apenas baseado em vazamentos seletivos de delações. Um homem público
sabe que pode ser investigado. Mas isso não significa condenação prévia
ou atestado de que alguma irregularidade foi cometida. Acredito que
esses inquéritos serão arquivados por falta de provas, como aconteceu
com o primeiro", diz, em nota.
Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), senador
Qual a suspeita:
Segundo delações de Ariel Parente Costa, Alexandre Biselli, Cláudio
Melo Filho, Fabiano Rodrigues Munhoz, Benedicto Barbosa da Silva Júnior e
João Antônio Pacífico Ferreira, em 2013, o então ministro de Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, recebeu valores que totalizaram R$ 1,05 milhão por intermédio de Iran Padilha, indicado pelo próprio Bezerra.
O que ele diz:
"A defesa afirma que não foi oficialmente comunicada, tampouco teve
acesso à referida investigação. Fernando Bezerra mantém-se, como sempre
esteve, à disposição das autoridades a fim de prestar quaisquer
esclarecimentos que elas possam necessitar."
Paulo Rocha (PT-PA), senador
Qual a suspeita: Segundo as delações de Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis e Mário Amaro da Silveira, ele é suspeito de solicitar vantagens indevidas não contabilizadas para a campanha eleitoral de Helder Barbalho ao governo do Pará, em 2014.
O que ele diz: "Todos
os recursos da minha companha de 2014 para o Senado Federal foram
repassados pela direção nacional e estadual do Partido dos Trabalhadores
e estão todos declarados nas prestações de contas junto ao TRE. A
utilização desses recursos, empresas doadoras e doadores individuais,
enfatizo, obedeceram estritamente às normas da legislação eleitoral em
vigor daquele ano."
Humberto Costa (PT-PE), senador
Qual a suspeita: Segundo
delações de Marcelo Odebrecht, Rogério Santos de Araújo, Márcio Faria
da Silva, César Ramos Rocha, Hilberto Mascarenhas Alves da Silva Filho e
Luiz Eduardo da Rocha Soares, Humberto Costa foi indicado como sendo o “Drácula” na planilha de propinas
e é suspeito de solicitar vantagem indevida em um contrato
superfaturado entre a empreiteira e a Petrobras. Ele é suspeito de ter
recebido um pagamento de R$ 590 mil.
O que ele diz:
Em nota, diz que "espera a conclusão de inquérito aberto há mais de
dois anos pelo STF, e para o qual a Polícia Federal já se manifestou em
favor do arquivamento - aguarda ter acesso aos novos documentos para
reunir as informações necessárias à sua defesa". "O senador, que já
abriu mão de todos os seus sigilos, se coloca, como sempre o fez, à
disposição das autoridades para todos os esclarecimentos necessários."
Edison Lobão (PMDB-PA), senador
Qual a suspeita:
Segundo depoimento de Henrique Serrano do Prado Valladares, o senador
recebeu R$ 5,5 milhões para interferir junto ao governo federal para
anular a adjudicação da obra referente à Usina Hidrelétrica de Jirau.
O que ele diz:
o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, que defende Lobão, diz que
agora poderá, em inquérito, fazer o "enfrentamento" das denúncias. O
senador nega as denúncias e comprovará que os acusadores não têm prova
ou indício do que dizem, segundo o advogado.
Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), senador
Qual a suspeita: O senador é suspeito de receber R$ 800 mil em vantagens indevidas
para favorecer a Odebrecht. Segundo o inquérito, as declarações de
Alexandre José Lopes Barradas e Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis
são de que a soma foi solicitada pelo senador paraibano, "então
candidato ao governo do Estado da Paraíba, com a expectativa de receber
futura contrapartida e de realizar obra de saneamento naquele Estado".
O que ele diz: "Eu
recebi, sim, uma doação da Braskem, que é do grupo Odebrecht, na
campanha de 2014. Essa doação foi devidamente declarada na minha
prestação de contas. Acontece que agora o Ministério Público Federal
está pedindo ao Supremo investigação, até mesmo, nessas doações legais
porque começa a surgir suspeitas de que alguns partidos fizeram lavagem
de dinheiro através das doações partidárias. E, cá para nós, tem que
investigar, sim, até o fim, para que tudo seja devidamente esclarecido",
afirma, em postagem nas redes sociais.
Jorge Viana (PT-AC), senador
Qual a suspeita: Segundo delações de Hilberto Mascarenhas e Marcelo Odebrecht, Jorge Viana é suspeito de pedir R$ 2 milhões para a campanha de seu irmão, Tião Viana (PT) ao governo do Acre em 2010.
O que ele diz:
"Sobre o envolvimento do meu nome e do governador Tião Viana, não há
nenhuma denúncia de corrupção contra nós, mas questionamentos sobre a
arrecadação da campanha em 2010. Vamos provar na Justiça o que dissemos
antes: nossas campanhas foram dentro da lei e feitas com dinheiro
limpo."
Lídice da Mata (PSB-BA), senadora
Qual a suspeita: Segundo delação de José de Carvalho Filho, a construtora repassou R$ 200 mil não contabilizados à campanha dela ao Senado em 2010.
O que ela diz:
"Acho muito importante essa autorização do Supremo para a devida
abertura dos inquéritos. Espero que agora haja a quebra do sigilo de
todo o processo, como ja havia solicitado. Tenho a consciência tranquila
e a confiança de que tudo será esclarecido. A seriedade da minha vida
pública fala por mim. Quem não deve não teme."
Ciro Nogueira (PP-PI), senador
Dalírio José Beber (PSDB-SC), senador
Qual a suspeita: Segundo o Ministério Público, Dalírio Beber é suspeito de articular o repasse de R$ 500 mil ao então candidato,
e agora prefeito de Blumenau, Napoleão Bernardes, de quem participava
da campanha em 2012. A Odebrecht buscava o apoio de candidatos com
maiores chances para garantir a manutenção dos contratos de saneamento
de água e esgoto no município.
O que ele diz:
"Recebo com surpresa a inserção do meu nome no rol dos investigados.
Não tive, até o presente momento, qualquer acesso ao processo para
conhecer o conteúdo do que me é atribuído. Rechaço com veemência toda e
qualquer denúncia de prática de ilícitos. Estou indignado, mas
absolutamente tranquilo, pois minha consciência em nada me acusa. Digo à
sociedade brasileira, em especial, aos catarinenses, que sempre
confiaram em mim, que espero que rapidamente a verdade seja
restabelecida. Neste momento, coloco-me inteiramente à disposição da
Justiça."
Ivo Cassol (PP-RO), senador
Qual a suspeita: Segundo o delator Henrique Serrano do Prado Valladares, o senador Ivo Cassol recebeu "vantagem indevida" de R$ 2 milhões
quando era governador de Rondônia por "favorecimento nos procedimentos
administrativos" referentes à execução das obras da usina hidrelétrica
de Santo Antonio.
O que ele diz:
O senador afirma que sempre foi contra a isenção de impostos das usinas
de Jirau e Santo Antônio desde 2011 e que vai aguardar. “Mas eu posso
dizer que para as usinas ou para a campanha, eu não sei, se é algo do
partido a nível nacional. Não tenho conhecimento do que é o inquérito,
então, por enquanto, eu não sei. Foi citado meu nome e eu só sei que eu
peitei e não demos isenção de imposto aí.”
Lindbergh Farias (PT-RJ), senador
Qual a suspeita: De acordo com o Ministério Público, os colaboradores relataram que o senador recebeu vantagens indevidas
não contabilizadas durante a campanha eleitoral dos anos de 2008 e
2010, nos valores respectivos de R$ 2 milhões e R$ 2,5 milhões.
O que ele diz:
"Mais uma vez confiarei que as investigações irão esclarecer os fatos
e, assim como das outras vezes, estou convicto que o arquivamento será o
único desfecho possível para esse processo. Novamente justiça será
feita."
Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), senadora
Qual a suspeita: Segundo o depoimento de Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis, Vanessa Grazziotin teria recebido repasses da Odebrecht em 2012, a pretexto de doação para sua campanha eleitoral, mas sem o registro oficial.
O que ela diz:
"A senadora esclarece que as doações feitas para suas campanhas foram
oficiais, declaradas e posteriormente aprovadas pela Justiça Eleitoral."
Kátia Abreu (PMDB-TO), senadora
Qual a suspeita: Segundo
delação de Cláudio Melo Filho, José de Carvalho Filho, Fernando Luiz
Ayres da Cunha Santos Reis e Mário Amaro da Silveira, a senadora Kátia Abreu é suspeita de ter recebido R$ 500 mil, divididos em duas parcelas, em sua campanha eleitoral de 2014 ao Senado, por intermédio de Moisés Pinto Gomes.
O que ela diz: "Lamentavelmente,
por desconhecer o conteúdo da decisão do ministro Edson Fachin, não
tenho, neste momento, elementos suficientes que me permitam rebater as
supostas acusações feitas contra mim e o meu marido, mas afirmo
categoricamente que, em toda a minha vida pública, nunca participei de
corrupção e nunca aceitei participar de qualquer movimento de grupos
fora da lei. Estarei à disposição para prestar todos os esclarecimentos
necessários de maneira a eliminar qualquer dúvida sobre a nossa conduta.
Sigo trabalhando no Senado pelo Brasil e pelo Tocantins. Minha história
e minha correção são a base fundamental da minha defesa."
Fernando Collor de Mello (PTC-AL), senador
Qual a suspeita: De
acordo com depoimentos de Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis e
Alexandre José Lopes Barradas, o senador recebeu R$ 800 mil não
contabilizados para sua campanha eleitoral em 2010, pagos pelo Setor de
Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht.
O que ele diz: a assessoria do senador disse que ele não vai se pronunciar no momento.
José Serra (PSDB-SP), senador
Qual a suspeita: Segundo
delações de Arnaldo Cumplido de Souza Couto, Benedicto Barbosa da Silva
Júnior, Carlos Armando Guedes Paschoal, Luiz Eduardo da Rocha Soares,
Roberto Cumplido, Fábio Andreani Gandolfo e Pedro Augusto Ribeiro Novis,
Serra é suspeito de receber doações ilegais em troca de facilidades em contratos no estado.
O que ele diz: Em
nota, o senador José Serra afirma que não cometeu nenhuma
irregularidade e que suas campanhas foram conduzidas pelo partido na
forma da lei. Segundo ele, a abertura do inquérito pelo STF servirá como
oportunidade de demonstrar essas afirmações e a lisura de sua conduta.
Eduardo Braga (PMDB-AM), senador
Qual a suspeita: Segundo o delator Arnaldo Cumplido de Souza e Silva, Eduardo Braga recebeu R$ 1 milhão quando era governador do Amazonas da Odebrecht, dinheiro relativo à construção da Ponte do Rio Negro.
O que ele diz:
O senador desconhece o conteúdo das informações que levaram a PGR a
pedir abertura de inquérito. "Vale destacar que a abertura de inquérito
não significa que os investigados respondam por qualquer tipo crime. O
senador Eduardo Braga, em caso de notificação, prestará todas as
informações necessárias à Justiça."
Omar Aziz (PSD-AM), senador
Qual a suspeita: Segundo o delator Arnaldo Cumplido de Souza e Silva, José Lopes, empresário
ligado a Omar Aziz, fazia pedidos de pagamentos à Odebrecht para
favorecer o consórcio da empresa na construção da Ponte do Rio Negro.
O que ele diz:
"Ninguém tem mais interesse do que eu na conclusão deste inquérito. Não
tenho e nunca tive nenhum tipo de relação com a Odebrecht. Essa empresa
não teve sequer contratos ou pagamentos recebidos no meu governo.
Também não recebi nenhum centavo deles em campanha eleitoral. O jornal
'O Globo' já inclusive publicou que, no documento divulgado pelo
ministro Fachin, não há qualquer referência de valor em meu nome."
Valdir Raupp (PMDB-RO), senador
Qual a suspeita: Segundo os delatores Henrique Serrano do Prado Valladares e Augusto Roque Dias Fernandes Filho, o
senador Valdir Raupp foi um dos destinatários de um "fundo" do Grupo
Odebrecht e da Construtora Andrade Gutierrez de até R$ 20 milhões devido à execução das obras da Hidrelétrica de Santo Antonio, no Rio Madeira.
O que ele diz: "Afirma
que recebeu com tranquilidade a sua citação na lista do ministro Fachin
publicada no dia de hoje, baseada em declarações de delatores que no
desespero falam e ninguém pode impedir. Este será o momento que o
senador terá para provar que as doações legais destinadas ao Partido
foram declaradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral."
Ricardo Ferraço (PSDB-ES), senador
Qual a suspeita: Segundo os executivos da Odebrecht Sérgio Luiz Neves e Benedicto Júnior, foi pago caixa dois de R$ 400 mil para a campanha do capixaba ao Senado em 2010 por meio do setor de operações estruturadas da construtora.
O que ele diz:
"Foi com absoluta perplexidade e indignação que eu recebi a informação
de que meu nome está incluído na chamada lista do Fachin. Toda minha
campanha foi declarada e como poderão constatar na prestação de contas
no TSE, esta empresa não foi doadora. Nunca tratei qualquer assunto com
essas pessoas e tampouco autorizei que alguém tratasse. Acionarei esses
mentirosos judicialmente para que provem as acusações."
Rodrigo Maia (DEM-RM), presidente da Câmara
Qual a suspeita: Ele é citado em dois inquéritos de Fachin.
Em um deles, segundo delação de Benedicto Barbosa, João Borba Filho,
Cláudio Melo Filho, Carlos José de Souza Filho e Luiza Eduardo da Rocha
Soares, ele é suspeito de receber R$ 950 mil da Odebrecht durante as
eleições de 2008 e 2010, além de receber pagamento para a aprovação de
medida provisória e na eleição de 2014. No outro inquérito, baseado em
delações de Marcelo e Emílio Odebrecht, Carlos Melo Filho e José de
Carvalho Filho, Maia é suspeito de receber R$ 100 mil da Odebrecht em
vantagem indevida em troca da aprovação de três medidas provisórias que
beneficiaram a empresa.
O que ele diz: Em
entrevista, diz que confia na Justiça e que vai continuar confiando
sempre. Afirma ainda que as citações de delatores são falsas e os
inquéritos serão arquivados. Segundo ele, MP e Justiça estão fazendo seu
papel de forma competente.
Paulinho da Força (SD-SP), deputado federal
Qual a suspeita: O deputado é suspeito de corrupção passiva, ativa e lavagem de dinheiro.
Ele teria recebido R$ 1 milhão em pagamentos indevidos da Odebrecht
para a sua campanha eleitoral à Câmara dos Deputados em 2014 e também
teria recebido R$ 200 mil para outra campanha eleitoral, de 2010.
O que ele diz: A assessoria informa que o deputado vai se manifestar quando tiver informações oficiais.
Marco Maia (PT-RS), deputado federal
Qual a suspeita: O deputado Marco Maia é suspeito de falsidade ideológica eleitoral.
Ele teria recebido R$ 1,35 milhão em pagamentos indevidos da Odebrecht
para sua campanha eleitoral à Câmara dos Deputados em 2014.
O que ele diz: O
deputado diz que a lista é uma grande mentira e que em nenhum momento
fez algum contato ou pedido à Odebrecht. Ele afirma que pretende
processar todos os que o citaram e também entrar com um pedido no STF
para saber do que é acusado.
Carlos Zarattini (PT-SP), deputado federal
Qual a suspeita: O
deputado é suspeito de receber pagamentos indevidos em 2010 e 2012. Ele
teria recebido R$ 50 mil em pagamentos indevidos da Odebrecht para
campanhas eleitorais em 2010 e também seria beneficiário, juntamente com
Cândidato Vacarezza, de pagamentos de R$ 5 milhões, que fariam parte de
um crédito de R$ 27 milhões em benefício do PT, realizado em 2012.
O que ele diz: A assessoria de imprensa informa que ele não vai se pronunciar.
João Carlos Bacelar (PR-BA), deputado federal
O que ele diz: O deputado diz que as acusações não são verdadeiras e que ele confia no poder Judiciário.
Milton Monti (PR-SP), deputado federal
O que ele diz: Por
meio de nota, o deputado informa que sempre agiu de acordo com a lei e
que todas as doações das campanhas eleitorais foram feitas legalmente.
"É bom que se apure porque assim a inocência dele será comprovada."
José Carlos Aleluia (DEM-BA), deputado federal
Qual a suspeita: O deputado federal José Carlos Aleluia (DEM-BA) é suspeito de corrupção passiva e ativa. Ele teria recebido via caixa 2 R$ 300 mil nas eleições de 2010, além de doação legal de R$ 280 mil nas eleições de 2014.
O que ele diz:
"O ministro Fachin autorizou investigar todos, sem distinção, e fez
bem. Todo homem público tem que estar ponto para ser investigado. Estou
tanquilo e convicto de que esse procedimento vai ser arquivado. Todas as
doações de campanha que recebi foram legais e estão declaradas."
Daniel Almeida (PCdoB-BA), deputado federal
Qual a suspeita: É
suspeito de corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro,
tendo recebido um repasse não registrado em R$ 300 mil em 2012 para
favorecer a Odebrecht. O delator não identificado afirmou que o repasse
foi recebido na campanha do candidato Isaac Carvalho à Prefeitura de
Juazeiro. De acordo com ele, a Odebrecth tinha interesse em realizar
obras de saneamento naquele município. Já outros delatores, também não
identificados, disseram que, em outra ocasião, o parlamentar recebeu R$
100 mil, pagamento que teria sido feito em um posto em Salvador. O
inquérito informa que esse pagamento também não foi registrado.
O que ele diz: "Sobre
as notícias citando o meu nome em possível investigação no STF, não
tenho nada a temer. Os baianos e os brasileiros conhecem minha
trajetória de mais de 30 anos de atividade pública. Se algum inquérito
for aberto, tenho total convicção que o destino será o arquivamento."
Mário Negromonte Jr. (PP-BA), deputado federal
Qual a suspeita: É suspeito de receber R$ 200 mil em doações não contabilizadas para a campanha eleitoral de 2014.
O que ele diz: Por
telefone, o deputado Mário Negromonte Júnior disse que só irá comentar
após ter conhecimento da íntegra da denúncia. "Eu ainda não estive com
meu advogado. Assim que tiver uma posição, eu divulgo uma nota.
Primeiro, preciso saber o que é."
Nelson Pellegrino (PT-BA), deputado federal
Qual a suspeita: É suspeito de falsidade ideológica eleitoral
por ter recebido um rapasse de R$ 1,5 milhão da Odebrecht em 2012,
sendo R$ 1,3 milhão via caixa 2. De acordo com um delator não
identificado no inquérito, Nelson Pellegrino recebeu o repasse de R$ 1,5
milhão "a pretexto de auxílio à campanha eleitoral". Desse total,
apenas R$ 200 mil teriam sido transferidos de forma oficial.
O que ele diz: "Estou tranquilo. Meu advogado vai requerer o conteúdo ao STF e, após o conhecimento dos termos, me manifestarei."
Jutahy Júnior (PSDB-BA), deputado federal
O que ele diz: "Tenho absoluta convicção de que esse procedimento será arquivado porque, simplesmente, não tenho nada a ver com a Lava Jato".
Maria do Rosário (PT-RS), deputada federal
Qual a suspeita: Maria do Rosário é suspeita de ter recebido R$ 150 mil da Odebrecht via caixa 2 durante a corrida eleitorial de 2010. Ela foi citada na delação do ex-diretor da empreiteira Alexandrino de Salles Ramos de Alencar.
O que ela diz: "Quem
não deve, não teme. A medida é uma mera autorização do STF para
apuração dos fatos sobre as delações da Odebrecht. No entanto a mera
citação de meu nome me deixa indignada. Não me calarei frente a este
episódio e não me afastarei um milímetro sequer das causas em que
acredito e que o nosso trabalho representa. Vou disponibilizar meus
sigilos fiscal, bancário e telefônico ao STF, tamanha é minha
tranquilidade. Meu nome e minha vida não estão à disposição para serem
enxovalhados por ninguém em nenhum lugar."
Ônix Lorenzoni (DEM-RS), deputado federal
Qual a suspeita: Onyx Lorenzoni é suspeito de ter recebido R$ 175 mil da Odebrecht via caixa 2 durante a campanha eleitoral de 2006. Ele foi citado na delação do ex-diretor da empreiteira Alexandrino de Salles Ramos de Alencar.
O que ele diz:
O deputado afirma que recebeu com surpresa a informação e que foi
injusta e indevidamente citado. Ele diz também que já pediu ao advogado
para que entre com requerimento para saber do que é acusado.
Vicente Paulo da Silva (PT-SP), deputado federal
O que ele diz: "É
uma surpresa. Meus projetos são, inclusive, contra a própria Odebrecht.
Eu defendendo o direito dos trabalhadores. Nunca fiz acordo com eles e
não sou corrupto".
Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), deputado federal
O que ele diz:
"Em relação ao pedido de abertura de inquérito referente à delação da
Odebrecht, informo que não há nenhuma acusação contra minha pessoa, mas
apenas a alegação de suposta irregularidade na prestação de contas da
minha campanha eleitoral de 2010. Reitero que todas as doações de
campanha que recebi estão de acordo com a lei e devidamente declaradas e
aprovadas pelo TRE-BA".
Yeda Crusius (PSDB-RS), deputada federal
O que ela diz:
"A todos os que buscam minha manifestação: o ministro Fachin, relator
da Lava Jato no Supremo, ofereceu hoje listas de centenas de pessoas
indicadas pelo PGR Rodrigo Janot para abertura de inquérito. Numa delas
consta meu nome. Transparência é fundamental, e aguardamos ainda o
levantamento do sigilo das delações que embasaram a decisão do
Procurador Janot e do Ministro Fachin. Embora desconhecendo ainda as
razões que o levaram a elaborar estas listas, considero fundamental
tanto a Lava Jato quanto o trabalho do Supremo para que os inquéritos
hoje autorizados sejam feitos e concluídos com a celeridade requerida
por mim e por toda a população brasileira, separando o joio do trigo e
promovendo a Justiça de que tanto o país precisa. Caso contrário cria-se
a imagem de que todos os políticos são iguais. E não somos."
Paulo Henrique Lustosa (PP-CE), deputado federal
O que ele diz: Paulo
Henrique Lustosa diz que acreditou ter recebido doação de campanha para
o partido e não de caixa 2, como citado na delação Odebrecht.
José Reinaldo (PSB-MA), deputado federal
Qual a suspeita: É suspeito de ter sido conivente, quando era governador do Maranhão, com suposta propina recebida da Odebrecht pelo então procurador-geral de seu estado, Ulisses César Martins de Sousa.
O que ele diz: O
deputado disse não ter citado mencionado por nenhum dos muitos
delatores ou colaboradores. Segundo o parlamentar, eles apenas se
referiram à suposta conduta de um auxiliar seu, quando exerceu o cargo
de governador do Maranhão. O deputado afirmou ainda que a circunstância
demanda apuração aprofundada.
João Paulo Papa (PSDB-SP), deputado federal
Qual a suspeita: Os delatores Benedicto Barbosa da Silva Júnior e Luiz Antônio Bueno Júnior afirmaram que Papa recebeu dois repasses
por meio do setor de operações estruturadas da Odebrecht, cada um no
valor de R$ 300 mil, em 2012 e 2014. Segundo os delatores, o pagamento
foi feito devido ao protagonismo político do parlamentar em Santos-SP e
no PSDB, o que poderia auxiliar os interesses do Grupo Odebrecht em
oportunidades futuras.
O que ele diz:
"Assim que tomar conhecimento do processo, poderei me manifestar. Em 30
anos de vida pública e três eleições, tive todas as prestações de
contas aprovadas pela Justiça Eleitoral."
Vander Loubet (PT-MS), deputado federal
Qual a suspeita: Segundo declaração do delator Alexandrino de Salles Ramos Alencar, executivo da Odebrecht, Loubet recebeu da empreiteira um repasse de R$ 50 mil
para sua campanha eleitoral à Câmara dos Deputados em 2010 como recurso
não contabilizado. Segundo o delator, o pagamento foi feito por meio do
setor de operações estruturadas do Grupo Odebrecht.
O que ele diz: "Ele
informa que vai aguardar a manifestação oficial do Supremo Tribunal
Federal (STF) para se pronunciar acerca da informação de abertura de
inquérito [...]. O parlamentar reforça que todas as contribuições
recebidas em campanha eleitoral foram devidamente oficializadas em
prestações de contas aprovadas pela Justiça Eleitoral."
Rodrigo Garcia (DEM-SP), deputado federal
O que ele diz:
"Jamais recebi doação não contabilizada em minhas campanhas eleitorais.
Sou o maior interessado para que esse assunto seja esclarecido o mais
breve possível."
Cacá Leão (PP-BA), deputado federal
O que ele diz: "A
divulgação ainda não é oficial e o STF nem referendou nem desmentiu a
informação. Então, em primeiro lugar, é preciso esperar o STF se
pronunciar. De qualquer maneira, recebi com surpresa, mas também tenho
toda a tranquilidade do mundo de que todos os recursos q recebi na
campanha de 2014 estão em minha prestação oficial de contas, que foi
aprovada pelo Tribunal de Contas. Apoio as investigações e não tenho
medo nenhum do processo".
Celso Russomano (PRB-SP), deputado federal
O que ele diz: "Tomei
ciência da notícia de que estou sendo alvo da abertura de um inquérito,
pois dois delatores afirmam terem doado R$ 50 mil para minha campanha
de deputado federal em 2010 e não ter sido contabilizada na prestação de
contas. Eles falseiam com a verdade, pois não fui candidato a deputado
federal e sim ao governo do estado, portanto esta informação é falsa. Na
minha campanha de 2010, havia pessoas responsáveis pelo financeiro da
campanha, e se alguém recebeu os R$ 50 mil não contabilizados, quero
saber quem foi, pois será responsabilizado civil e criminalmente. Os
delatores têm a obrigação de informar para quem foi entregue o suposto
valor. Coloco imediatamente à disposição de qualquer pessoa ou
jornalista meus sigilos bancário, fiscal e telefônico desde 1995, quando
iniciei minha vida política. Em absolutamente nenhuma das minhas
campanhas, tanto para deputado federal quanto para o Executivo, recebi
doação em meu nome, como pessoa física, de qualquer empresa ligada ao
grupo Odebrecht. E todas as doações feitas ao meu partido estão
devidamente registradas na prestação de contas à Justiça Eleitoral.
Tenho minha consciência tranquila. Minha honra e minha trajetória
integra e transparente na vida pública ao longo de mais de 20 anos falam
por mim."
Dimas Fabiano Toledo (PP-MG), deputado federal
O que ele diz:
Dimas Fabiano diz que jamais manteve contato com qualquer executivo da
Odebrecht, não tendo sido destinatário de recursos alegadamente doados
ou disponibilizados pela referida empresa. "A eventual utilização do
nome do deputado por terceiros com propósitos espúrios – seja para
solicitar recursos, seja para obter benefícios em delação – é prática
absolutamente irresponsável e criminosa."
Pedro Paulo (PMDB-RJ), deputado federal
O que ele diz: O
deputado Pedro Paulo negou ter recebido doações da Odebrecht e afirmou
que nunca teve relação com nenhum dos delatores. Pedro Paulo disse ainda
que os executivos da empreiteira precisam provar quando e quem recebeu
dinheiro, indevidamente, no nome dele.
Lúcio Vieira Lima (PDMB-BA), deputado federal
O que ele diz: o deputado não irá comentar.
Daniel Vilela (PMDB-GO), deputado federal
O que ele diz:
Uma nota conjunta foi divulgada pelo ex-prefeito Maguito Vilela e pelo
deputado Daniel Vilela (PMDB): "As campanhas de Maguito Vilela, em 2012,
e de Daniel Vilela, em 2014, foram feitas inteiramente com recursos
contabilizados conforme determina o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e
aprovadas pela referida Corte. As prestações de contas estão disponíveis
no site do TSE. Maguito e Daniel afirmam que nunca estiveram, nunca
falaram, e sequer conhecem os delatores. Ambos refutam qualquer
acusação."
Alfredo Nascimento (PR-AM), deputado federal
O que ele diz: a assessoria do deputado informou que ele não irá se pronunciar, pois não foi notificado.
Zeca Dirceu (PT-SP), deputado federal
O que ele diz: O
deputado reitera que não há e nunca houve qualquer tipo de tratativa do
parlamentar junto às diretorias da Petrobras e/ou às empresas
investigadas na Lava Jato. "Apesar das inúmeras investigações em
andamento há vários anos, não existe sequer uma única ligação, e-mail,
contato, agenda de reunião, testemunho, delação ou coisa parecida em
relação a qualquer atitude do parlamentar que o ligue ao assunto
Petrobras / Lava Jato ou a qualquer tipo de ilegalidade. É importante
destacar que nunca houve qualquer pedido do parlamentar a envolvidos na
Lava Jato, fato já testemunhado por vários outros delatores e agora
comprovado pelo próprio delator Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos
Reis. Todas as doações recebidas nas campanhas de 2010 e de 2014 foram
legais, declaradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral sem ressalvas. Os
nomes dos doadores são de conhecimento público desde 2010, divulgados
constantemente pelos órgãos de imprensa. O deputado reforça sua
confiança no Supremo Tribunal Federal e no trabalho de investigação da
Polícia Federal."
Betinho Gomes (PSDB-PE), deputado federal
O que ele diz:
"O parlamentar esclarece que teve todas as contas de campanha
contabilizadas e aprovadas pela Justiça Eleitoral; pedirá acesso à
íntegra do referido inquérito; jamais defendeu interesses privados em
detrimento do interesse público; nunca teve encontros com os referidos
delatores mencionados pela imprensa; tem total interesse que o caso seja
o mais rapidamente esclarecido."
Zeca do PT (PT-MS), deputado federal
O que ele diz: "Tomei
conhecimento agora há pouco do inteiro teor da denúncia contra minha
pessoa acatada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Diz a denúncia, que o
delator do Grupo Odebrecht se refere a um pagamento de R$ 400 mil para
minha campanha a Governador em 2006. Em seguida diz o mesmo delator, que
tendo ocorrido minha desistência da candidatura naquela eleição, o
referido valor foi repassado ao Senador Delcídio, candidato do PT ao
governo, com o qual mantinha detalhadas reuniões, segundo o mesmo
delator. Ocorre ai um erro enorme. Fui eleito governador em 1998 e
reeleito em 2002. Portanto em 2006 estava impedido de ser candidato a
governador e não disputei nenhum cargo naquela eleição. Apoiei o nosso
candidato, mas não tive nenhuma outra responsabilidade, seja de
captação, seja de prestação de contas junto a Justiça Eleitoral.
Esperando ter esclarecido a opinião pública, peço reparação da injustiça
cometida nesta denúncia."
Vicente Cândido (PT-SP), deputado federal
Júlio Lopes (PP-RJ), deputado federal
O que ele diz:
"Sobre a autorização do ministro Edson Fachin para abertura de
inquérito para investigar o deputado Julio Lopes, informo: O deputado
Julio Lopes confia no trabalho das instituições e se coloca à disposição
da Justiça para colaborar com informações que vão esclarecer todos os
fatos. O parlamentar reitera que todas as suas contas eleitorais foram
aprovadas pela Justiça."
Fábio Faria (PSD-RN), deputado federal
Heráclito Fortes (PSB-PI), deputado federal
O que ele diz:
"Ele não tem conhecimento dos termos do pedido de abertura de inquérito
formulado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Não pode,
portanto, se manifestar acerca da reportagem do jornal O Estado de
S.Paulo sem ser leviano e especulativo."
Beto Mansur (PRB-SP), deputado federal
O que ele diz:
"Recebi doações feitas por empresas, dentre elas a Odebrecht, para
minha campanha eleitoral. Essas doações foram efetuadas dentro da
legislação vigente à época. Todas essas doações constam da minha
prestação de contas, aprovada pela Justiça Eleitoral, com o nome da
empresa, CNPJ, data e valor. Não há nada de errado e tudo foi feito com
transparência e rigorosamente dentro da lei."
Antônio Brito (PSD-BA), deputado federal
O que ele diz:
"Antonio Brito e Edvaldo Brito declaram que recebem a notícia da
autorização para apuração dos fatos relativos à eleição de 2010 com
total serenidade, uma vez que se trata de procedimento legal, no qual
será possível apurar a verdade dos fatos. Destacam, ainda, que doações
eleitorais recebidas, relativas a campanha de 2010, foram declaradas e
aprovadas nas prestações de contas ao TSE."
Décio Lima (PT-SC), deputado federal
O que ele diz: "Em
relação a menção do meu nome nas investigações do Supremo Tribunal
Federal, recebo com tranquilidade, uma vez que confio que a verdade
prevalecerá e a justiça será feita. Declaro que sou o maior interessado
no esclarecimento de toda esta situação. É importante destacar que não
sou réu nem investigado em nenhum processo da Lava Jato. A minha vida
pública sempre foi pautada pela ética, lisura e transparência e a minha
história demonstra a preocupação com a legalidade de todos os meus
atos."
Arlindo Chinaglia (PT-SP), deputado federal
O que ele diz:
"Frente à divulgação de uma lista em que o nome do deputado de forma
surpreendente aparece, e por não saber onde e de que maneira foi citado,
o deputado está determinado a buscar, junto ao Supremo Tribunal
Federal, todas as informações para que a verdade prevaleça."
Ana Paula Lima (PT-SC), deputada estadual
O que ela diz:
"Declaro serenidade e estou à disposição das autoridades competentes
para prestar todos os esclarecimentos. Afirmo que não sou ré nem
investigada em nenhum processo da Lava Jato. Afirmo que as doações à
minha campanha eleitoral foram declaradas e aprovadas pelos órgãos
competentes, e que minha conduta pública é regida pelos princípios da
ética, moral e legalidade."
Vital do Rêgo Filho, ministro do Tribunal de Contas da União
O que ele diz:
"O ministro do TCU Vital do Rêgo e sua defesa não tiveram acesso ao
conteúdo do pedido de abertura de inquérito mencionado pela imprensa. O
ministro está à disposição das autoridades e confia que será comprovada a
falta de relação entre ele e os fatos investigados."
Rosalba Ciarlini (PP), prefeita de Mossoró (RN) e ex-governadora do Estado
O quela ela diz: Ela
diz que nunca recebeu doação de campanha da Odebrecht nem contratou
qualquer obra ou serviço com essa empresa ou grupo. Afirma ainda que
isso prova a completa improcedência da referência a seu nomes.
Valdemar da Costa Neto (PR)
O que ele diz: Não se manifestou. O PR disse ter "por norma não comentar conteúdos que serão objeto de exame do poder Judiciário".
Luís Alberto Maguito Vilela, ex-senador da República e prefeito de Aparecida de Goiânia entre os anos de 2012 e 2014
O que ele diz:
Uma nota conjunta foi divulgada pelo ex-prefeito Maguito Vilela e pelo
deputado Daniel Vilela (PMDB): "As campanhas de Maguito Vilela, em 2012,
e de Daniel Vilela, em 2014, foram feitas inteiramente com recursos
contabilizados conforme determina o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e
aprovadas pela referida Corte. As prestações de contas estão disponíveis
no site do TSE. Maguito e Daniel afirmam que nunca estiveram, nunca
falaram, e sequer conhecem os delatores. Ambos refutam qualquer
acusação."
Edvaldo Pereira de Brito, candidato ao cargo de senador pela Bahia nas eleições 2010
O que ele diz: "Antonio
Brito e Edvaldo Brito declaram que recebem a notícia da autorização
para apuração dos fatos relativos à eleição de 2010 com total
serenidade, uma vez que se trata de procedimento legal, no qual será
possível apurar a verdade dos fatos. Destacam, ainda, que doações
eleitorais recebidas, relativas a campanha de 2010, foram declaradas e
aprovadas nas prestações de contas ao TSE."
Oswaldo Borges da Costa, ex-presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais
Cândido Vaccarezza, ex-deputado federal pelo PT
O que ele diz: em
texto postado no Facebook, o ex-deputado disse: "1 - Não respondo,
hoje, a nenhum inquérito da Operação Lava Jato. Respondi a dois, um com o
Juiz Moro, que foi arquivado, e outro com o Ministério Público Federal,
no qual não fui denunciado. 2 - Todas as doações da Odebrecht para as
minhas campanhas foram legais e declaradas à Justiça Eleitoral. 3 -
Quanto à acusação de Sérgio Machado, que teria repassado recurso à minha
campanha em 2010 através do Diretório Regional do PT, é falsa. Não
houve repasse para a minha conta de campanha pelo Diretório Regional do
PT em 2010. Estou processando o Senhor Sergio Machado pelas calúnias ao
meu respeito. 4 - Nunca fui processado e não respondo a nenhum processo.
5 - Não conheço as circunstâncias em que o meu nome foi incluído nesta
lista. 6 - Sou Ficha Limpa".
Guido Mantega, ex-ministro
O que ele diz:
O advogado José Roberto Batochio diz que a defesa de Mantega ainda não
conhece os motivos para abertura do inquérito e que só vai se pronunciar
quando tiver acesso ao teor da denúncia.
César Maia (DEM), vereador, ex-prefeito do Rio de Janeiro e ex-deputado federal
O que ele diz: César
Maia afirma que a investigação vai mostrar que ele nunca recebeu doação
da Odebrecht, somente do partido. Segundo ele, a construtora doou
primeiro ao partido, depois repassou os valores a ele. Ele afirma que só
soube disso na abertura das contas.
Paulo Bernardo da Silva, ex-ministro
O que ele diz: Paulo
Bernardo nega ter feito esse pedido e informa que não teve qualquer
conversa com executivos da Odebrecht para tratar da inclusão da obra no
PAC. "Ela foi incluída de maneira absolutamente lícita e atendendo a
reivindicação da bancada federal do RS, sem qualquer participação da
empresa Odebrecht", afirma a advogada Verônica Sterman.
Eduardo Paes (PMDB), ex-prefeito do Rio de Janeiro
Qual a suspeita:
Segundo Benedicto Barbosa, o homem forte do Departamento de Propinas da
Odebrecht, o prefeito, apelidado de “Nervosinho” nas planilhas, recebeu
mais de R$ 15 milhões “ante seu interesse na facilitação de contratos
relativos às Olimpíadas de 2016”. Da transação, realizada em 2012, R$ 11
milhões foram repassados no Brasil e outros R$ 5 milhões, a de contas
no exterior.
O que ele diz: O
ex-prefeito afirma que nunca aceitou propina para beneficiar os
interesses da Odebrecht. Diz ainda que nunca teve contas no exterior e
que todos os recursos recebidos em sua campanha de reeleição doram
devidamente declarados à Justiça Eleitoral.
José Dirceu
O que ele diz: O advogado Roberto Podval diz que só vai comentar após ter conhecimento da íntegra da denúncia.
Napoleão Bernardes, prefeito de Blumenau (SC)
O que ele diz:
"Recebo essa informação com perplexidade e com indignação. Sou o mais
interessado e o primeiro interessado que a verdade seja estabelecida. E a
verdade é comprovar a minha mais absoluta isenção em relação a esses
fatos, que eu nem sei do que se tratam. Simplesmente é uma menção em uma
lista e que não menciona o que se disse, o que se fez. Isso nos deixa
perplexos e indignados por um lado, mas eu tenho a mais absoluta
consciência tranquila em relação a que a verdade dos fatos vai
demonstrar a nossa isenção. Meu governo é pautado por ética, seriedade,
transparência, credibilidade. A minha vida pública se confunde com a
minha própria história de vida. Pessoas de Blumenau me viram crescer e
todos sabem da minha inocência, da minha retidão, do meu compromisso com
a ética, do meu compromisso com o respeito ao interesse público e eu
tenho certeza que isso haverá de ser comprovado e a justiça vai ser
estabelecida. E a justiça é demonstrar toda a credibilidade, seriedade,
honestidade das nossas ações. "
João Carlos Gonçalves Ribeiro, ex-secretário de Planejamento do governo de Rondônia
O que ele diz:
"Após tomar conhecimento da notícia de que meu nome faz parte de
investigação e tendo em vista que o inquérito foi disponibilizado, irei
verificar do que se trata com a certeza de que nunca me envolvi em
nenhum mal feito, e vou procurar esclarecer tudo".
Ulisses César Martins de Sousa, advogado e ex-procurador-geral do Estado do Maranhão
O que ele diz: "O
Dr. Ulisses César Martins de Sousa recebeu, com surpresa, a notícia de
que seu nome teria sido incluído na denominada 'lista da Odebrecht'. Ele
não pode se manifestar sobre as delações antes de conhecer seu
conteúdo."
Rodrigo de Holanda Menezes Jucá, candidato a vice-governador de Roraima, filho de Romero Jucá
O que ele diz: A assessoria informa que desconhece que o nome dele esteja na lista.
Paulo Vasconcelos, marqueteiro de Aécio Neves
O que ele diz:
Paulo Vasconcelos afirma que conduziu todas as campanhas das quais
participou dentro do que estava previsto na lei. "Essas delações contêm
informações falsas, que serão desmentidas ao longo das investigações."
Eron Bezerra, marido da senadora Vanessa Grazziotin
O que ele diz:
"Eu não sei nem que diabo é [a operação Lava Jato]. Eu nunca tive
contato com a Odebrecht, portanto eu não sei nem do que se trata [a
lista do Fachin]. Infelizmente isso virou um negócio genérico. Eu não
tenho a menor condição de opinar [sobre isso]. Eu repito: nunca tive
contato com a Odebrecht, com Camargo Correia, Gutierrez ou com qualquer
empreiteira dessas, portanto não sei como apareceu meu nome em uma
relação de pessoas que receberam doação. É mais uma irresponsabilidade
das muitas que acontecem nessa época de caça às bruxas."
Moisés Pinto Gomes, marido da senadora Kátia Abreu
O que ele diz:
"Lamentavelmente, por desconhecer o conteúdo da decisão do ministro
Edson Fachin, não tenho, neste momento, elementos suficientes que me
permitam rebater as supostas acusações feitas contra mim e o meu marido,
mas afirmo categoricamente que, em toda a minha vida pública, nunca
participei corrupção e nunca aceitei participar de qualquer movimento de
grupos fora da lei. Estarei à disposição para prestar todos os
esclarecimentos necessários de maneira a eliminar qualquer dúvida sobre a
nossa conduta. Sigo trabalhando no Senado pelo Brasil e pelo Tocantins.
Minha história e minha correção são a base fundamental da minha
defesa", diz a nota conjunta com a mulher, Kátia Abreu.
Humberto Kasper
Marco Arildo Prates da Cunha
Vado da Famárcia, ex-prefeito do Cabo de Santo Agostinho
O que ele diz: A
assessoria do ex-prefeito informa que ele nega ter recebido qualquer
recurso de forma ilícita para sua campanha eleitoral em 2012, que suas
contas foram aprovadas pela Justiça Eleitoral, que não tem nada a temer e
se coloca à disposição da Justiça para fazer os esclarecimentos
necessários.
José Feliciano, vereador em Cabo de São Agostinho (PE)
O que ele diz: Não
foi localizado. Uma pessoa que se apresentou como responsável pelo
gabinete informou que a reportagem deveria entrar em contato com um
telefone celular. O número, no entanto, está fora da área.
Outros 10 políticos da lista de Janot, incluídos inicialmente na
relação de inquéritos abertos, tiveram, na verdade, um pedido de retorno
à PGR para nova manifestação, segundo o STF. Os inquéritos deles ainda
não foram abertos.
São eles:
Roberto Freire (PPS), ministro da Cultura
Qual a suspeita: Segundo delações de Carlos Armando Guedes Paschoal e Benedito Barbosa da Silva Júnior, Freire recebeu R$ 200 mil durante campanha a deputado federal em 2010.
O que ele diz: O
ministro só irá se manifestar sobre a abertura de inquérito quando
tiver acesso ao teor das delações. "O ministro, entretanto, reforça sua
idoneidade em toda a sua trajetória política e sua disposição em
contribuir com os esclarecimentos necessários à Justiça."
Eduardo Amorim (PSDB-SE), senador
O que ele diz:
“O meu nome foi citado na 'lista de Fachin' junto ao da senadora Maria
do Carmo (DEM-SE) e que o então prefeito João Alves (DEM-SE) teria
solicitado R$ 600 mil para as duas campanhas em 2014. Gostaria de
esclarecer que não autorizei ninguém a pedir valores para a campanha em
meu nome, nunca tive qualquer contato e não conheço os empresários
Fernando Luiz Ayres da Cunha Reis e Alexandre José Lopes Barradas –
delatores da Lava Jato. Nunca e em tempo algum pedi nada a Odebrecht e,
repito, não autorizei ninguém a solicitar dinheiro e muito menos tive
conhecimento disso. A minha campanha não utilizou recursos de caixa
dois. E isso fica comprovado, inclusive, na denúncia divulgada, onde meu
nome não aparece como requerente nem recebedor destes recursos. Quem
solicitou valores aos empresários para uso em caixa dois, que explique e
responda pelos seus atos. Todas as doações da minha campanha foram
oficiais, declaradas e encontram-se à disposição no site do TSE. No
mais, estou à disposição da Justiça para possíveis esclarecimentos.”
Maria do Carmo Alves (DEM-SE), senadora
O que ela diz: "A
senadora Maria do Carmo recebeu com surpresa a noticia de que havia
sido citada em uma das delações da Lava-Jato e vai aguardar os
desdobramentos da investigação para poder se pronunciar."
Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), senador
O que ele diz: “O
senador Garibaldi Filho (PMDB-RN) se declara surpreso com a notícia de
inclusão do seu nome nas notícias de delações e, ao mesmo tempo em que
nega tais suspeitas, põe-se à disposição da Justiça para quaisquer
esclarecimentos, inclusive disponibilizando os sigilos bancário, fiscal e
telefônico, e espera agilidade na apuração e responsabilidade na
distinção entre doações lícitas e sem qualquer contrapartida das doações
irregulares.”
José Agripino Maia (DEM-RN), senador
O que ele diz:
"Mesmo não tendo sido candidato em 2014 e desconhecendo o teor das
menções a mim atribuídas, coloco-me à disposição da justiça para
colaborar com as investigações que se venham a requerer", diz, em nota.
Marta Suplicy (PMDB-SP), senadora
O que ela diz: "Vimos
esclarecer que o ministro Edson Fachin não determinou a abertura de
investigação contra a senadora Marta Suplicy, mas, sim, retornou a
denúncia para o procurador-geral Rodrigo Janot para avaliar a extinção
de punibilidade. Os fatos mencionados na delação são inteiramente
falsos. A conduta da senadora Marta Suplicy sempre foi baseada nos
princípios éticos que marcam toda sua vida pública."
Felipe Maia (DEM-RN), deputado federal
O que ele diz: “Não
fui notificado sobre o teor das acusações que envolvem meu nome.
Ratifico minha disposição em colaborar com a Justiça para a elucidação
de todos os fatos que me mencionem.”
Jarbas de Andrade Vasconcelos (PMDB-PE), deputado federal
O que ele diz:
"O deputado federal Jarbas Vasconcelos esclarece que os recursos
recebidos em suas campanhas, proveniente da Odebrecht ou de qualquer
outra empresa, foram repassados dentro da lei e estão declarados e
aprovados pela Justiça Eleitoral. Todos os valores estão inclusive
disponíveis no site do Tribunal Superior Eleitoral de forma clara e
transparente."
Nenhum comentário:
Postar um comentário