domingo, 16 de abril de 2017

ELA CONTINUA NEGANDO TUDO!


DILMA É APONTADA COMO BENEFICIÁRIA DA OIDEBRECHT E NEGA
O empresário Marcelo Odebrecht, ex-presidente da Odebrecht, afirmou em depoimento que a ex-presidente Dilma Rousseff, quando estava à frente do Palácio do Planalto, indicou o então ministro Aloizio Mercadante como interlocutor do governo para tratar de assuntos relacionados à Operação Lava Jato (assista ao vídeo acima, a partir de 3 minutos e 15 segundos).
>> Saiba mais abaixo o que disseram Dilma e Mercadante sobre o assunto
Marcelo Odebrecht prestou depoimento ao Ministério Público Federal no acordo de delação premiada no âmbito da Lava Jato.
"Numa reunião que eu tive com a presidente, eu falei esse assunto: 'Lava Jato está criando várias dificuldades. Inclusive, quem pode ser nosso interlocutor no governo para todo esse tema, os empréstimos travados, Petrobras com vários problemas?' E ela disse: 'Fale com o Mercadante'", relatou o empresário.
O empresário relatou aos investigadores a reunião que, segundo ele, teve com Dilma, mas não deixou claro quando foi o encontro nem onde. Mercadante foi ministro da Casa Civil e da Educação no governo Dilma.

Versões

Ministro da Educação, Aloizio Mercadante (Foto: reprodução Globo News)
Procurada pelo G1, a assessoria da ex-presidente divulgou nota (leia a íntegra mais abaixo) na qual reafirmou que "é fato notório que Dilma Rousseff nunca manteve relação de amizade ou de proximidade com o senhor Marcelo Odebrecht."
"Também são falsas as acusações de que Dilma Rousseff tenha tomado qualquer decisão para beneficiar diretamente a Odebrecht ou mesmo qualquer outro grupo econômico. Todas as decisões do seu governo foram voltadas ao desenvolvimento do país, buscando o bem estar da população, a partir do programa eleito nas urnas", acrescenta a nota.
Também procurada, a assessoria de Mercadante divulgou nota na qual disse que Dilma jamais delegou ao conselheiro político a responsabilidade de tratar de assuntos referentes à Operação Lava-Jato, "sendo o acompanhamento jurídico deste tema realizado pelo governo pelo Ministério da Justiça, CGU e AGU."
"No início de 2015, o Sr. Marcelo Odebrecht esteve no Palácio do Planalto, ocasião em que a chefia de gabinete da Presidência solicitou à Casa Civil que o recebesse. Neste encontro, o Sr. Marcelo Odebrecht apresentou um resumo técnico-jurídico em contestação à decisão administrativa da Petrobrás, de 30 de dezembro de 2014, de suspender todos contratos com 23 fornecedores da empresa, incluindo todo o grupo Odebrecht. [...] Não cabia ação específica do governo e encaminhei o parecer para o [então] novo presidente da Petrobras Ademir Bendine, pois já haviam recursos jurídicos de várias empresas contra esta decisão na Petrobras e na Justiça", acrescenta a nota. 

Caixa 2 em 2010

Aloizio Mercadante é suspeito de receber pagamento de vantagens não contabilizadas na campanha eleitoral de 2010, quando disputou o governo de São Paulo. As informações foram dadas ao Ministério Público Federal pelos delatores da Odebrecht Benedito Barbosa da Silva Júnior e Carlos Armando Guedes.
Segundo os delatores, os repasses foram feitos a pedido Edinho Silva, ex-ministro de Dilma e atual prefeito de Araraquara (SP).

Como Mercadante e Edinho Silva não têm direito ao chamado foro privilegiado, o STF enviou as cópias dos depoimentos à Procuradoria Regional da República da 3º Região em São Paulo.
Sobre as acusações dos delatores, Mercadante já divulgou nota, na qual afirmou que as contribuições para as campanhas dele "sempre ocorreram dentro da legalidade, sendo todas as prestações de contas transparentes e aprovadas pela justiça eleitoral."
Também em nota, Edinho Silva disse que não conhece e nunca esteve com nenhum dos delatores.

Íntegra

Leia abaixo a íntegra das notas divulgada pelas assessorias de Dilma e de Mercadante:
Dilma
NOTA À IMPRENSA
Apropósito das referências ao nome de Dilma Rousseff nas delações firmadas por executivos da Odebrecht, a Assessoria de Imprensa da presidenta eleita esclarece:
É fato notório que Dilma Rousseff nunca manteve relação de amizade ou de proximidade com o senhor Marcelo Odebrecht. Muitas vezes os pleitos da empresa não foram atendidos por decisões do governo, em respeito ao interesse público. Essa relação distante, e em certa medida conflituosa, ficou evidenciada em passagens do depoimento prestado pelo senhor Marcelo Odebrecht.
É mentira que Dilma Rousseff tivesse conhecimento de quaisquer situações ilegais que pudessem envolver a Odebrecht e seus dirigentes, além dos integrantes do próprio governo ou mesmo daqueles que atuaram na campanha da reeleição. Ele não consegue demonstrar tais insinuações em seu depoimento. E por um simples motivo: isso nunca ocorreu. Ou seja: o senhor Marcelo Odebrecht faltou com a verdade.
Também são falsas as acusações de que Dilma Rousseff tenha tomado qualquer decisão para beneficiar diretamente a Odebrecht ou mesmo qualquer outro grupo econômico. Todas as decisões do seu governo foram voltadas ao desenvolvimento do país, buscando o bem estar da população, a partir do programa eleito nas urnas.
Após meses de insinuações, suspeitas infundadas e vazamentos seletivos de acusações feitas indevidamente por dirigentes da Odebrecht, finalmente Dilma Rousseff terá acesso a íntegra das declarações. Não conseguirão atingir a sua honra e a sua vida pública, porque tais acusações são mentirosas.
A presidenta eleita espera que as investigações transcorram com imparcialidade e transparência, sem acobertamentos políticos ou direcionamentos para favorecer líderes políticos. A verdade dos fatos será demonstrada. Não são insinuações ou mentiras, lançadas por empresários ou executivos de uma construtora, que esconderão ou mesmo distorcerão os fatos. A verdade vai triunfar, apesar dos ataques.
ASSESSORIA DE IMPRENSA
DILMA ROUSSEFF
Mercadante
Nota
A presidenta da República jamais me delegou responsabilidade para tratar sobre assuntos referentes à Operação Lava-Jato, sendo o acompanhamento jurídico deste tema realizado pelo governo pelo Ministério da Justiça, CGU e AGU.
No início de 2015, o Sr. Marcelo Odebrecht esteve no Palácio do Planalto, ocasião em que a chefia de gabinete da Presidência solicitou à Casa Civil que o recebesse. Neste encontro, o Sr. Marcelo Odebrecht apresentou um resumo técnico - jurídico em contestação à decisão administrativa da Petrobrás, de 30 de dezembro de 2014, de suspender todos contratos com 23 fornecedores da empresa, incluindo todo o grupo Odebrecht. A contestação argumentava sobre a ilegalidade do ato administrativo da Petrobrás por não estar ancorado em decisão judicial e pela abrangência que poderiaimpactar todas empresas do grupo. Manifestou grande preocupação com a Lei Anticorrupção que poderia ampliar esta atitude para toda a administração pública e estatais, mesmo as que não eram investigadas, ameaçando a estabilidade financeira da empresa e o emprego de 150 mil trabalhadores.
Não cabia ação específica do governo e encaminhei o parecer para o novo presidente da Petrobrás Ademir Bendine, pois já haviam recursos jurídicos de várias empresas contra esta decisão na Petrobrás ena Justiça.
Não houve qualquer iniciativa da PGR em relação a este episódio, que está na competência das atividades da Casa Civil. Estou à inteira disposição das autoridades competentes para quaisquer novos esclarecimentos.
Assessoria Mercadante

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