terça-feira, 7 de março de 2017

NOVOS MINISTROS DAS RELAÇÕES EXTERIORES E DA JUSTIÇA:


POSSE DE ALOÍSIO NUNES (PSDB/SP) E OSMAR SERRAGLIO (PMDB/PR)
Aloysio Nunes (PSDB-SP), e da Justiça, Osmar Serraglio (PMDB-PR)
O presidente Michel Temer dará posse nesta terça-feira (7), em cerimônia no Palácio do Planalto, aos novos ministros das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), e da Justiça, Osmar Serraglio (PMDB-PR).
O evento está marcado para as 15h30, e são esperados para a cerimônia dezenas de convidados, incluindo familiares dos novos ministros, parlamentares e demais integrantes do primeiro escalão do governo.
Nessas cerimônias, geralmente, o presidente da República fala sobre desafios dos novos ministros nas pastas, o que foi feito pelos antecessores e costuma fazer declarações sobre os cenários político e econômico.
No caso de Aloysio Nunes, o senador tucano, que até então ocupava o cargo de líder do governo, assumirá o Itamaraty no lugar do também senador do PSDB José Serra, que estava no cargo desde maio do ano passado. Há cerca de duas semanas, Serra pediu demissão alegando problemas de saúde.
Já no caso de Osmar Serraglio, o deputado peemedebista passará a comandar o Ministério da Justiça no lugar de Alexandre de Moraes, indicado pelo presidente Michel Temer – e aprovado pelo Senado – para a vaga de Teori Zavascki no Supremo Tribunal Federal (STF).
O novo ministro da Justiça, Osmar Serraglio (PMDB-PR) (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil) O novo ministro da Justiça, Osmar Serraglio (PMDB-PR) (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
O novo ministro da Justiça, Osmar Serraglio (PMDB-PR) (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Osmar Serraglio

Nascido no Rio Grande do Sul, Osmar Serraglio elegeu-se deputado pelo estado do Paraná e está no quinto mandato parlamentar. O peemedebista ficou conhecido nacionalmente em 2005, quando assumiu a relatoria da CPI dos Correios, que investigou o esquema do mensalão do PT.
O deputado do PMDB também ganhou projeção nacional no ano passado, quando presidiu a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.
Ao longo da carreira parlamentar, Osmar Serraglio também foi relator da PEC 215, que transfere do governo federal para o Congresso Nacional a responsabilidade sobre demarcação de terras indígenas. Ainda na Câmara, o deputado também foi relator de uma proposta que muda o modelo atual de indicação para ministros do STF.
À frente do Ministério da Justiça, Osmar Serraglio será responsável, por exemplo, pela condução do Plano Nacional de Segurança; pela Secretaria Nacional de Segurança; pelo Departamento Penitenciário Nacional; pela Força Nacional de Segurança; e pela política de demarcação de terras indígenas.
Nesta segunda, na véspera da posse, Serraglio afirmou em rápida entrevista à imprensa na Câmara dos Deputados que não vai "mexer em nada" ao ser questionado sobre se trocará o atual diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello.
Inicialmente, o presidente Michel Temer havia convidado para o Ministério da Justiça o ex-presidente do STF Carlos Velloso, mas o ministro aposentado recusou o convite alegando compromissos profissionais e éticos.
Aloysio Nunes (PSDB-SP) vai substituir José Serra no comando do Itamaraty (Foto: Pedro França/Agência Senado) Aloysio Nunes (PSDB-SP) vai substituir José Serra no comando do Itamaraty (Foto: Pedro França/Agência Senado)
Aloysio Nunes (PSDB-SP) vai substituir José Serra no comando do Itamaraty (Foto: Pedro França/Agência Senado)

Aloysio Nunes

Nascido em 1945, Aloysio Nunes é advogado, formado pela Universidade de São Paulo (USP), com pós-graduação em ciência política e economia política pela Universidade de Paris.
Em biografia publicada no site oficial, o senador tucano diz que precisou sair do Brasil "por conta de ações contra a ditadura militar". O exílio, na França, foi de 1968 a 1979.
Em entrevista ao jornal “Folha de São Paulo”, em 2014, o senador falou sobre o assalto a um trem pagador em 1968, quando integrava a Ação Libertadora Nacional (ALN). Ele foi responsável por dirigir um carro roubado usado na fuga. A ação foi parte de uma guerrilha que tentava derrubar o regime militar.
De volta ao Brasil, foi duas vezes deputado estadual em São Paulo, de 1983 a 1991, vice-governador do estado, entre 1991 e 1994, e deputado federal por três mandatos, entre 1995 e 2007. Em 2011, foi eleito senador.
Durante a presidência de Fernando Henrique Cardoso, foi ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República e ministro da Justiça.
Em 2014, já como senador, Aloysio Nunes concorreu a vice-presidente da República na chapa formada com Aécio Neves (PSDB-MG). Naquele ano, eles chegaram a disputar o segundo turno da eleição, mas perderam para a chapa de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer.
Ex-presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Aloysio Nunes terá de lidar com questões como as relações do Brasil com os Estados Unidos e as negociações do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia.
Em novembro do ano passado, quando ainda era senador, Aloysio Nunes afirmou que o atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, "é o que há de pior, de mais incontrolado, de mais exacerbado" entre os integrantes do Partido Republicano.

Conselhão

Além da posse dos dois novos ministros, o presidente Michel Temer deverá participar nesta terça de uma reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão, também no Palácio do Planalto.
O conselho é um órgão de assessoramento do presidente da República, formado por pessoas da sociedade civil de diferentes setores. No evento, o grupo deverá entregar a Temer uma série de sugestões sobre cinco áreas: educação, desburocratização, ambiente de negócios, agronegócio e produtividade.

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