Decreto de Trump revogou mais de 100 mil vistos, diz governo
Departamento de Justiça afirma que nenhum residente permanente foi barrado
O Globo
O advogado Erez Reuveni, do Escritório de Litígio em Imigração (do Departamento de Justiça), deu a cifra em resposta a uma demanda de um juíza na Virgínia sobre quantas pessoas haviam sido afetadas pela ordem. O caso em debate ocorria durante uma audiência em um processo impetrado por advogados de irmãos iemenitas barrados na entrada nos EUA.
Segundo Reuveni, nenhum residente permanente teve entrada vetada desde a emissão da ordem — a controversa decisão de incluir detentores de green cards foi descartada pelo governo após uma repercussão muita negativa.
Segundo os defensores dos irmãos Tareq e Ammar Aqel Mohammed Aziz, o governo está tentando revogar caso a caso os litígios ao oferecer novos vistos para quem está processando o governo pelos vetos impostos. Os dois foram colocados num avião para a Etiópia após serem vetados de entrar, sem ter tido acesso a advogados.
A juíza Leonie Brinkema permitiu a entrada do governo da Virgínia como parte interessada no processo.
— Trazer de volta indivíduos que processaram após não poderem entrar no país é um bom passo, mas não acho que seja o suficiente — avaliou a juíza, que tratou a situação como um "caos". — Sem qualquer tipo de prova, foram revogados vistos já emitidos. Pessoas confiaram nestes vistos como válidos e famílias esperavam para se reunir com os entes queridos.
No mesmo dia, uma juíza distrital de Detroit emitiu uma ordem impedindo temporariamente que o governo Trump execute restrições de imigração, de acordo com um documento do tribunal. A juíza Victoria Roberts emitiu a ordem na quinta-feira, em resposta a uma moção feita pelo tribunal de Michigan que busca uma determinação permanente "que proíba a rejeição da entrada nos Estados Unidos de residentes permanentes legais e aqueles com vistos de imigrantes válidos", sob o decreto de 27 de janeiro.
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