PF chega na conexão que liga Lula a Portugal: filho no balaio
Claudio Tognolli - Yahoo Notícias - •
http://m.folha.uol.com.br/poder/2016/12/1845686-empresa-de-filho-de-lula-recebeu-r-103-milhoes-aponta-laudo-da-pf.shtml
A
defesa de Lula diz que a Oi/Telemar é acionista da Gamecorp e participa
de sua administração. Também afirma que sigilos bancários, mesmo quando
quebrados, devem ser usados exclusivamente para investigação, não para
“divulgação pública”.
“Serão
tomadas todas as providências cabíveis para que as autoridades federais
responsáveis por essa divulgação sejam punidas na esfera funcional,
além de serem responsabilizadas por todos os danos causados à Gamecorp e
a G4.”
A
Oi diz que contrata a Gamecorp para serviços de produção do canal que
exibe a programação da Oi TV e os direitos de transmissão do canal Play
TV.
O
grupo Petrópolis diz que os pagamentos se referem a “serviços prestados
para implantação de TV corporativa” da empresa e também veiculação de
publicidade.
Bem…
A
Andrade Gutierrez foi a empreiteira que comprou por 4 milhões de reais a
empresa de Lulinha, em 2005. Via Sergio Andrade, Lulinha vendeu à
Telemar, do mesmo Sérgio, seu negócio de Ronaldinho. O MPF inocentou
Lulinha.
Em 2015 contei como esse esquema bateu em Portugal:
http://bit.ly/2iloUcg
O
que já sabemos: a empreiteira Andrade Gutierrez pagou propina em seis
obras, disse em depoimento de sua delação premiada na Operação Lava-Jato
o ex-gerente de Serviços da Petrobras, Pedro Barusco. Barusco susteve
que mantinha contato com Antonio Pedro e, posteriormente, com Paulo
Dalmazzo, que, segundo ele, eram diretores da empreiteira. A Andrade
Gutierrez, referiu Barusco, tinha seis grandes contratos com a
Petrobras: 3 na área de abastecimento, dois em gás e energia e um em
serviços.
Em
29 de julho do ano passado a Justiça Federal abriu ação penal contra o
empresário Otávio Marques de Azevedo, presidente da Andrade Gutierrez, e
mais 12 investigados na Operação Lava-Jato. A Procuradoria da República
atribui ao empreiteiro e aos outros acusados os crimes de corrupção,
lavagem de dinheiro e organização criminosa. A decisão foi do juiz
federal Sérgio Moro.
Sob
delação premiada, o engenheiro Mário Góes, apontado como operador de
propinas, fez acusações outras. Seguindo suas dicas, ora se sabe que,
entre 2007 e 2009, a empresa repassou quase R$ 5 milhões à Rio Marine,
empresa de Mário Góes, simulando consultorias para a plataforma P-57.
Desse total, R$ 3,5 milhões seriam propina a Barusco.
Sob
delação premiada, o engenheiro Mário Góes, apontado como operador de
propinas, fez acusações outras. Seguindo suas dicas, ora se sabe que,
entre 2007 e 2009, a empresa repassou quase R$ 5 milhões à Rio Marine,
empresa de Mário Góes, simulando consultorias para a plataforma P-57.
Desse total, R$ 3,5 milhões seriam propina a Barusco.
Mário
Góes reveloua primeira vez que foi procurado para dividir comissões com
Pedro Barusco foi no início da década de 2000. “Mas o negócio não deu
certo, eo esquema de propina começou entre 2003 e 2004”. Mário Góes
contou que em 2008 foi criada uma conta só para pagamentos a Barusco. A
Zagope, empresa do grupo Andrade Gutierrez que atuava em Angola, fechou
contrato com uma empresa na Suíça controlada por Mário Góes, mas que
nunca prestou um serviço. O valor: US$ 6 milhões.
Mário
Góes disse que recebeu das mãos de Antônio Pedro Campello, da Andrade
Gutierrez, por duas ou três vezes de R$ 100 a R$ 200 mil em sua
residência.
Mário
Góes contou que quando começou a participar do esquema de recebimento
de propina, ouviu de Pedro Barusco que o então diretor Renato Duque
gostava mais de jantares, cabendo a ele, Barusco, atuar na diretoria de
Serviços da Petrobras. E que o Partido dos Trabalhadores estaria dando
suporte a esse tipo de atividade.
Mário Góes confessou ter destruído provas a mando de Barusco.
Já escrevi sobre isso também ano passado:
http://bit.ly/2hwMTTW
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