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COLUNISTA VIP:
MORTES
E DESORDENS MARCAM INÍCIO DE 2017
2017-01-20
Ricardo De Benedictis
Nesta quinta-feira, 19 de janeiro de
2017, morreu, vítima de um incrível acidente aéreo, o Ministro TEORI ALBINO
ZAVASCKI, do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, relator do processo da LAVA-JATO, em
Parati – RJ, quando o avião estava em vias de pousar no aeroporto local, a
apenas 4 kms da pista, quando o piloto manobra sobre o oceano, em condições de
visibilidade não muito favoráveis e com chuva moderada. A asa do avião teria
batido na água quando o piloto tentava a aproximação e deu-se o acidente. Os
cinco ocupantes morreram. Entre eles, o
ministro Teori Zavascki. A LAVA-JATO é a operação de combate à corrupção que
vem sendo presidida pelo Juiz SÉRGIO FERNANDO MORO, da 13ª Vara da Justiça
Federal em Curitiba – PR, cujas investigações estão a cargo da PGR –
PROCURADORIA GERAL DA REPÚBLICA, na pessoa de RODRIGO JANOT e DELTAN DALAGNOL,
procurador federal em Curitiba – PR, POLÍCIA FEDERAL E RECEITA FEDERAL, em
conjunto, cujas ações já trouxeram de volta aos cofres públicos e da PETROBRÁS,
alguns bilhões de reais, desviados pelas maiores empreiteiras do país, por
ex-diretores da PETROBRAS e políticos de vários partidos, agraciados com
PROPINAS PARA SUA CONTA BANCÁRIA E PARA O FAMIGERADO CAIXA 2 DAS CAMPANHAS
ELEITORAIS.
A sucessão da vaga deixada com a
morte de Teori Zavascki terá de ser indicada ao Senado pelo presidente Temer.
Os artigos 38 e 68 do Regimento Interno do STF já dão o norte da substituição
com a redistribuição das ações a seu cargo para outro ministro da Corte. O
ministro que assumir, poderia herdar tais ações, mas o tempo urge e nestes
casos, caberá à presidente Carmen Lúcia sortear entre os demais 9 ministros,
uma vez que ela não poderá relatar e ao mesmo tempo presidir a Corte.
Muitos falam que o Juiz Sérgio
Fernando Moro deveria ser o indicado para a vaga. Nada mais justo. Entretanto é
bom saber que se isso acontecer, o que achamos difícil, mas não impossível, a
Lava-Jato talvez se enfraquecesse na sua origem. Por outro lado, não seria Moro
o Relator substituto de Teori a ‘presidir’ tais processos. Que ele merece, não
temos dúvidas, mas os desavisados que torcem por ele não atentam para o fato de
que não será ele o Relator no STF depois de ter sido o juiz originário na 13ª
Vara da Justiça Federal em Curitiba. Raciocinar não faz mal a ninguém.
Até parece pesadelo, mas a realidade
estampa-se aos nossos olhos, aos olhos do Brasil e do Mundo! O que os bandidos
e facínoras fizeram durante anos para que o brasileiro chegasse à atual
situação de desrespeito e de violência nunca antes concebidas?! Esta é a
pergunta, sem qualquer pontuação, para que o leitor tire suas conclusões e faça
pausas onde achar conveniente! O ano mal começou. Aqui e ali, notícias e
estatísticas povoam a mente dos brasileiros na expectativa de um alívio na economia
do país, mergulhado pelos irresponsáveis de esquerda e de direita que nos
levaram à maior recessão da nossa curta história! O Banco Central, baixa 0,75
da taxa de juros anual que cai para 13%, enquanto os cartões de crédito cobram
até 480% e o cheque-especial chega a 375% ao ano. Tais números são
inacreditáveis, mas são ‘reais’. Depois de político, sem dúvidas, a profissão
mais rentável entre nós é ser ‘BANQUEIRO’. Até banqueiro do jogo do bicho é um
grande negócio. Mal negócio é para o empreendedor, que abre portas, emprega,
distribui renda e é o tempo todo perseguido pela máquina fiscal dos governos,
ávidos em arrecadar cada vez mais, para aplicar mal os recursos oriundos dos
mais pobres, aqueles que não podem sonegar porque os impostos são cobrados na
hora da compra de alimentos, remédios e vestuário!
Nos últimos 14 anos, entre 2003 e
2017, quebraram a PETROBRAS, o símbolo nacional que remonta aos anos 1950 e a
campanha ‘O PETRÓLEO É NOSSO!’, empunhado pelos militantes políticos de
esquerda e de direita, cujos descendentes continuam no poder até os dias atuais
(e talvez seja esse o maior problema de usurpação de poder e de corrupção, bem
como a integração do público ao privado!...), que nos leva a pensar os males
que o profissionalismo político trouxe ao Brasil, fruto de períodos de mando
nas mesmas mãos, como se o regime das ‘CAPITANIAS HEREDITÁRIAS’ ainda estivesse
em vigor!
Nas ‘penitenciárias’ ao invés do
mando estatal, a incompetência e a corrupção levaram todo ou quase todo o
sistema às mãos das facções criminosas que, além de mandarem nos presídios,
ordenam toda sorte de violência na ruas das grandes cidades. Onde vamos parar?
O governo federal, até então distante de tais problemas, vez que amparado pela
Constituição Federal, só pode intervir a pedido dos governadores, resolveu
assumir suas responsabilidades e começa a mandar as Forças Armadas e a Força
Nacional, depois do SOS dos governadores e o assassinato de mais de cem
detentos em 20 dias. Tais forças vão fazer varreduras nos presídios, com
auxílio das PMs dos Estados, réus confessos da sua total incompetência e
incapacidade de controlar seus presídios. A verdade é que ninguém sabe onde
isso vai parar. Há apelos para o endurecimento das penas, criação de pena de
morte, fortalecimento e fiscalização das fronteiras do país, tudo isso cantado
em prosa e verso há muitos anos, mas que, passadas as crises, vira ‘um
passadiço que não passa disso’, como disse o poeta Emílio de Menezes.
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