terça-feira, 13 de setembro de 2016

FIM DE LINHA PARA CUNHA:

EDUARDO CUNHA É CASSADO 

 

 Chegou ao fim o mais longo processo de cassação da história da Câmara dos Deputados. Após mais de 10 meses, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) teve seu mandato cassado por quebra de decoro parlamentar, viu seus aliados se afastarem e teve sua cassação aprovada por 450 votos a favor e dez contra às 23h50 desta segunda-feira, 12 de setembro. O ex-presidente da Casa foi acusado de mentir na CPI da Petrobras, em 2015, ao negar ser titular de contas no exterior. Consequências 

Cunha, de 57 anos, ficará inelegível por oito anos a partir do fim do mandato e só poderá voltar a disputar uma eleição em 2027 - assim, poderá se candidatar novamente aos 67 anos. Ele também perde o foro privilegiado, o direito de ser processado e julgado apenas no Supremo Tribunal Federal (STF). 

Com isso, os inquéritos e ações que responde na Operação Lava Jato seguirão para a primeira instância da Justiça Federal. O STF que irá decidir se quem assumirá os casos é o juiz Sérgio Moro, que conduz a Lava Jato no Paraná, ou se os processos serão enviados para outro estado.O lugar de Cunha na Câmara deve ser ocupado pelo suplente Marquinho Mendes (PMDB-RJ), primeiro na lista da coligação do PMDB nas últimas eleições.

Repercussão

Fieis aliados de Cunha, os deputados Carlos Marun (PMDB-MS) e Edson Moreira (PR-MG) foram os únicos a subir à tribuna da Câmara para defender o correligionário. "Eu não sei o que aconteceu [para uma derrota tão expressiva]”, disse Marun após a votação.
Chico Alencar (PSOL-RJ), um dos maiores críticos de Cunha, disse que este é um “pequeno, mas importante passo para o fim da corrupção". "O Brasil fica melhor sem o Cunha na vida pública”, afirmou. O presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PR-BA), disse que este “foi o fim o mais melancólico que eu já vi na minha vida.”

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