Em meio à grave crise econômica, pessoas que recebem – ou deveriam
receber – recursos do Bolsa Família para escapar da linha da miséria
parecem estar com a vida um pouco melhor do que a informada nos
cadastros do governo.
Até esta semana o Tribunal Superior Eleitoral identificou 16 708
beneficiário do Bolsa Família que fizeram doações para campanhas
eleitorais. Ao todo, eles injetaram 15 970 436 reais no pleito.
Fazendo uma média, cada um desses cidadãos que vive em situação de extrema pobreza doou 955 reais.
Considerando que o benefício médio do Bolsa Família é de 176 reais, as doações acenderam a luz amarela na Justiça Eleitoral.
O presidente do TSE, Gilmar Mendes, irá entregar nesta tarde os dados
das doações para o ministro Osmar Terra, responsável pelo Bolsa
Família.
Com isso, investigações serão feitas pelo ministério do
Desenvolvimento para saber se o beneficiário possui outras rendas e não
deveria estar recebendo recursos do Bolsa Família e, também, pela
Justiça Eleitoral, com o objetivo de apurar se o cadastrado no programa
social não está sendo usado como laranja para a lavagem de doações.
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