sábado, 12 de janeiro de 2013



O CAFEZINHO E O CRUCIFIXO
Sérgio Fonseca s.de.fonseca@bol.com.br
    Um leão fugido refugiou-se num dos monumentais prédios da Praça dos Três Poderes, em Brasília. A cada dois dias ou dia e meio, ele almoçava um ou uma ASPONE. ASPONE é a sigla de Assessor de Porra Nenhuma, espécie zoológica semi-inteligente, tipo de vida animal que, depois da ascenção do PT, prolifera nos Três Poderes, como cogumelos depois da chuva, num pasto bem adubado.
    O leão era discreto, só devorava funcionários de escalão de médio para cima, pois sabia que dificilmente alguém daria por falta deles. Até que, certo dia, cometeu engano que lhe foi fatal: comeu o homem que servia o cafezinho. Imediatamente a falta dele foi sentida; foi procurado em casa e nos seus lugares favoritos, assim como no seu trabalho. A procura foi fatal para nosso grande felino. Ele tinha feito uma escolha errada e teve que pagar por isso.
   O ex-presidente Lula, que ao iniciar seus oito anos na presidência, chegou ao Palácio do Planalto com apenas uma maleta e ao deixar o cargo máximo da nação, ocupou 11 caminhões com sua mudança. Inclusive um dos veículos era refrigerado, pois levava a fina flor da adega presidencial.Como é que um casal, que chegou com pequena mudança, oito anos antes, passou a ocupar tantos caminhões?
   O jornalista Guilherme Fiuza foi um dos primeiros a reparar no sumiço da crucifixo que, há décadas, ornamentava a sala de visitas da Presidência da República. Essa falta foi igualmente notada pelo economista e matemático Geraldo Almendra, de Petrópolis, RJ. A partir daí, esse furto foi comentadíssimo entre os internautas, que chegaram a fazer uma relação de outras coisas desaparecidas.
   Ressalte-se que também foram furtados móveis e utensílios do Palácio, inclusive coleção de joias raras recebidas do Presidente do Egito e devidamente registradas no acervo da Presidência da República.
   O Palácio da Alvorada é propriedade do povo brasileiro. O seu inquilino tem posse temporária, sem a propriedade dos móveis e utensílios existentes ou dos presentes recebidos de outros governos. Tudo isso pertence ao povo.
   Um ano depois dessa mudança, o Ministério Público se pronunciou, pedindo o bloqueio dos bens do ex-presidente. Só que, em fevereiro de 2011, já desistiu de saber dos furtos do ex-inquilino do Palácio da Alvorada. O pior é que a Receita Federal, inexplicavelmente, também não quer saber. Será que Lula e família não vão cair nunca na malha fina do governo?
  Lula, como presidente, realizou excelentes feitos. Só que, cada vez mais, vamos descobrindo muitos malfeitos dele.
   A melhor blindagem  para o ex-presidente não são desmentidos verbais categóricos e sim a comprovação real e objetiva de que ele é inocente. Só assim ele deixa de correr o risco atual de passar para a história, de “presidente empreendedor” a “presidente empreendedor e ladrão”.  Lula deve esses esclarecimentos ao povo brasileiro, se quiser recuperar seu conceito de honestidade.
  

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