quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

A verdade precisa prevalecer
Ricardinho De Benedictis
Os eventos que produziram um confronto armado entre policiais, supostos traficantes e que culminaram com o desaparecimento do garoto Maicon Braga, por certo já despertam as suspeitas de que algo não está de todo explicado.
Segundo fontes, o que ocorria era um prévio linchamento, por parte dos supostos criminosos, no sentido de punir e cobrar uma dívida de drogas e que um outro menor estava sendo massacrado à pedradas, fato que gerou a denúncia de moradores da comunidade, o que motivou o deslocamento de policiais ao local.
Onde está este menor que sofreu as agressões?  Ele já foi ouvido?
Testemunhas dão conta de que o confronto entre policia e menores resultou em tiroteio, e ao serem apreendidos os supostos criminosos não portavam armas e negaram tê-las. Se as possuíam por que apedrejavam o outro menor, quando seria mais lógico atirar no mesmo?
Porém,  não temos notícia de que um exame pericial tenha sido realizado, no caso, de pólvora combusta, nos envolvidos.  A justiça aguarda a perícia nas armas da polícia, fato que pode não trazer nada de novo, pois é sabido que foram realizados diversos disparos por parte da guarnição.
O desrespeito aos direitos do cidadão e muitas vezes o despreparo psicológico dos agentes da lei, resultam geralmente em crimes aparentemente insolúveis, com atitudes grotescas por parte de quem deveria agir diametralmente de forma oposta, esclarecendo dúvidas, protegendo e fazendo justiça aos prejudicados.
Sabemos da importância da Polícia Militar e seu desejo ardente de acertar em suas ações.
Longe de mim, lançar dúvidas sobre os agentes da policia, porém, já se cogita que o garoto deva estar morto, e se os supostos bandidos o mataram, onde foi parar o corpo da criança?
A policia isolou a área segundo testemunho dos moradores, ou seja, foi a única a ter acesso ao local por horas à fio...
O que nos choca, é o silêncio por parte das autoridades em torno do assunto, como se Maicon e sua família fossem cidadãos de 2ª classe.
Apelos à parte, a comunidade merece uma resposta da Secretaria de Segurança sobre o caso, independente de que seja de mais uma trapalhada dos agentes, uma péssima notícia para o já desgastado governo do estado.
O corpo da criança, que ao que tudo indica, já não está viva, com toda a certeza, foi deslocado, transportado ou escondido por alguém  com a finalidade de eximir-se de culpa.
Enquanto o comando da PM insiste em afirmar que seus policiais não têm nada a ver com o caso, afirmamos que só não chega a conclusões obvias quem não quiser, e apelamos para que este caso tenha o desfecho merecido, com o aparecimento dos culpados, e com o direito desta família a enterrar seu menino, o que nem mesmo o pior dos criminosos pode negar a uma mãe inconsolável.

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